637-1 | FORMAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UMA ANÁLISE DA CONCEPÇÃO DE TRABALHO EM EQUIPE.
| Autores: | Maria Luiza Silva Cunha (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Francini Lube Guizardi (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Ramon Peña Castro (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Marcelo Bessa de Freitas (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Tereza Cristina Ramos Paiva (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Valéria Castro Madeira (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; Raquel Barbosa Moratori (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) ; José Orbilio de Souza Abreu (FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ) |
Resumo O contexto sócio-político em que se inserem as organizações públicas de saúde no Brasil tem apresentado um conjunto de desafios para a consolidação do SUS, na medida em que este se constrói a partir de diferenças demográficas, sociais, políticas e culturais. A percepção dessas questões nos indica também que o aprofundamento do processo de descentralização e regionalização requer a ampliação dos mecanismos de participação e controle social, os quais dependem em grande medida da capacidade da formação e qualificação profissional serem realizadas sob a ótica da participação e autonomia dos atores sociais.
Considerar e identificar os problemas, conquistas e desafios apresentados pela complexidade dessa realidade social significa apreender
particularidades e especificidades que marcam demandas da área da gestão do trabalho na saúde, as quais abrangem desde a necessidade de formação e qualificação para a gestão dos sistemas locais, passando pela gestão dos processos de trabalho específicos deste campo.
O estudo teve como objetivo a construção de instrumentos metodológicos que subsidiem o processo de articulação de novas propostas curriculares para formação de trabalhadores no campo da Gestão em Saúde. Para tal, buscou-se mapear as necessidades que o SUS apresenta em relação à formação de trabalhadores orientada para a qualificação do processo de trabalho em gestão em saúde e apreender as características e especificidades do processo de trabalho em gestão em saúde.
A pesquisa foi fundamentada em uma abordagem qualitativa da realidade. A A.P. 3.1 do município do RJ foi utilizada como campo empírico do estudo, onde foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com profissionais de nível médio envolvidos na gestão.
Uma das categorias analisadas foi o trabalho em equipe. Sua composição foi predominantemente percebida como o conjunto dos profissionais de um mesmo setor. Neste, surgiram subdivisões que consideravam a equipe tanto pela formação de nível médio quanto pelo vínculo institucional na área administrativa.
Os resultados apontaram que a percepção de equipe se vinculou à ideia de agrupamento de profissionais. Nesse sentido, a concepção de equipe prevista no modelo de atenção que prevê a multiprofissionalidade e a inter/transdisciplinaridade e que pressupõe a interação de práticas e de saberes entre os diferentes profissionais deve ser construida para o conjunto dos atores, entre ele, os profissionais voltados à gestão das atividades meio dos serviços.
Palavras-chave: TRABALHO EM EQUIPE, GESTÃO EM SAÚDE, EDUCAÇÃO PROFISSIONAL |