Resumo

Introdução: No ambiente de trabalho, na execução da atividade laboral, o corpo do trabalhador sofre a influência do tipo de trabalho, da gestão, da divisão e da forma com que está organizado o trabalho. Objetivo: Analisar as características ocupacionais e a prevalência de doenças referidas entre funcionários de uma instituição pública de ensino superior. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico de corte transversal, de caráter censitário, incluiu 83 funcionários da Instituição, dentre os 102 (taxa resposta=81,37%). Utilizou-se instrumento de coleta de dados, contendo informações sociodemográficas, características ocupacionais e doenças referidas. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista individual no setor de trabalho do participante. Os dados foram tabulados com EpiData, versão 3.5, e analisados com o auxílio do programa estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS, versão 9.0. Resultados: Os resultados demonstraram que 49,4% dos funcionários eram do sexo feminino, a média de idade foi de 37,96±11,86 anos, 54,4% eram casados, 80,0% tinham ou cursavam o nível superior. O tempo de trabalho na instituição variou de menos de 0 ano a 28 anos (média de 10,58±9,28 anos), 70,1% dos funcionários eram efetivos, possuíam carga horária que variou de 8 horas a 40 horas semanais e trabalhavam em turno diurno (79,2%). Entre as doenças auto-referidas relatadas, 17,9% referiram ter colesterol alto, 17,9% pressão alta, 19,2% manifestaram algum distúrbio do sono e 10,3% apresentavam distúrbio osteo-muscular relacionado ao trabalho (DORT ). Conclusão: Os achados apontaram importante prevalência de doenças crônico-degenerativas nos indivíduos estudados. Avaliação ambiental, ocupacional e relacionada aos hábitos de vida desses indivíduos poderá elucidar melhores fatores que poderiam contribuir para o desencadeamento, desenvolvimento e agravamento desses acometimentos.