Resumo

Caracterização do problema. A Educação Permanente em Saúde deve se incorporar ao cotidiano das organizações e ao trabalho possibilitando transformações nas práticas. Nessa perspectiva desenvolvemos um projeto de extensão em parceria com as equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) do Município de Catalão-GO como estratégia de mudança do cuidado à saúde. Descrição da experiência. A elaboração do projeto atendeu as necessidades e especificidades dos territórios específicos, sem desconsiderar os macro-determinantes. Na temática Sistema Único de Saúde (SUS) aprofundamos os princípios de universalidade, equidade, integralidade e controle social por meio da técnica “coração”, em que os profissionais responderam de forma criativa as questões: Quem sou? O que faço? Como me sinto nesta realidade em que estou inserida? A partir desta motivação o grupo iniciou a discussão com apresentações individuais do que foi construído. Esta etapa foi marcada pela diversidade, crenças, valores, relacionamento com usuários do serviço e gestores, relação de gênero e poder, hierarquização nas prioridades do cuidar, fragilidades nas práticas de educação em saúde, centralização no atendimento, condições de saúde das famílias em situação de risco, necessidade de um jeito novo de fazer saúde e o fortalecimento das parcerias serviço-ensino-comunidade. Na segunda etapa trabalhamos com uma colcha de retalhos confeccionada com elementos da realidade da ESF. Prosseguimos a construção do conhecimento com reflexões sobre o controle social, Conselhos de Saúde, Hierarquização dos Serviços de Saúde, Normas Operacionais do SUS, Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão. Todo o conteúdo foi trabalhado com conexões profundas da realidade de cada equipe e em nível pessoal. Efeitos alcançados e recomendações. Encerramos a etapa com a técnica “pé na estrada” que consistiu no desenho tracejado dos pés com o compromisso assumido em nível pessoal e grupal com a qualidade de vida e do atendimento, no exercício da cidadania sem perder a identidade, autonomia, compromisso social, abertura e empenho para fazer o novo acontecer. Ao avaliar as etapas trabalhadas o grupo expressou a profundidade do trabalho realizado, a metodologia aplicada e a conexão realizada com a realidade e o conhecimento pessoal dos envolvidos. A identificação da colcha de retalho foi o ponto marcante para expressar a diversidade dos cenários, as necessidades e as possibilidades de intervenções em consonância com o SUS.