9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:617-1



617-1A Educação Permanente na Saúde: o desafio de mudar a prática no cenário municipal
Autores:Josenildo de Sousa Aves (UEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANAUEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA) ; Marluce Maria Araújo Assis (UEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA) ; Poliana Cardoso Martins (UFBA IMS CAT - Universidade Federal da Bahia IMS CAT) ; Katiuscy Carneiro Sanatana (UEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA) ; Adriano Maia dos Santos (UFBA IMS CAT - Universidade Federal da Bahia IMS CAT)

Resumo

A Educação Permanente em Saúde (EPS) se consolida nos espaços coletivos de discussão para análise da Gestão do Trabalho em Saúde. Seus processos são baseados em práticas institucionalizadas nos serviços de saúde, priorizando os problemas cotidianos das equipes e buscando a transformação das práticas, gerando mudanças no nível organizacional, nas relações entre os sujeitos e na compreensão das subjetividades e complexidade do trabalho em saúde. O estudo analisa a Educação Permanente em Saúde (EPS) como estratégia de desenvolvimento dos trabalhadores do SUS inseridos na Estratégia de Saúde da Família (ESF), tomando como recorte um sistema municipal de saúde da Região Sudoeste da Bahia, que conta com uma rede de serviços com cobertura de 52% da ESF. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como técnica de coleta de dados a entrevista semi-estruturada. Os sujeitos do estudo foram 14 pessoas: Grupo I (dirigentes - atuam na definição das políticas de Gestão do Trabalho = 4 pessoas); Grupo II (trabalhadores de saúde – alocados na ESF = 5 pessoas) e Grupo III (Informantes-chave = 5 pessoas). Os resultados evidenciam que, no cenário escolhido para a pesquisa, a EPS revela-se como potência a ser explorada na valorização do trabalhador do SUS e como estratégia de qualificação do seu trabalho, podendo ser o contraponto para qualificar a gestão do cuidado. Os desafios que indicam o enfrentamento dos problemas relacionados à EPS situam-se no campo da gestão do cuidado em saúde, que ainda carece de arranjos que potencializem a articulação cotidiana dos processos de aprendizagem e reflexões da prática, em nível individual e coletivo. Conclui-se que a EPS, apresenta-se como dispositivo de uma nova gestão do trabalho, procurando qualificar os espaços de cuidado, ampliando-se possibilidades de uma co-construção de novos saberes e potencializando a valorização do trabalhador. A EPS pode ser vista como uma proposta de ação estratégica e pedagógica que pode promover o desenvolvimento de competências dos trabalhadores para a redefinição do modelo de gestão e atenção à saúde. Apoio Financeiro: CNPq


Palavras-chave:  Educação permanente em saúde, Sistema Único de Saúde, Gestão do trabalho