598-1 | PRÁTICAS POPULARES DE SAÚDE E FORMAÇÃO PROFISSIONAL | Autores: | Maria Waldenez Oliveira (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Silvana Faraco Oliveira (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Hananiah Tardivo Quintana (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Aida Victoria Garcia Montrone (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Aline Guerra Aquilante (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Fábio Gonçalves Pinto (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Fabiana Arruda Xavier (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Renata Kazumi Takaesu (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Vicente Faggione Alencar (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Luciana Teixeira Labella (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Ellys Marina Lara (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Jéssica Valério Moraes (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Nara Roberta Cimetta Marques Silva (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Maíra do Val Soares (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Glaucia Bueno Soares (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Natália Sevilha Stofel (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) |
Resumo Caracterização do problema: Conhecimentos construídos nas diversas práticas sociais vão dando corpo a processos de enfrentamento de situações adversas, entre elas, a doença. Na construção do enfrentamento dessas situações, as pessoas buscam apoio não apenas dos profissionais do sistema de saúde, mas também, entre outros, de benzedores, farmacêuticos, erveiras. Muitas dessas práticas são pouco familiares aos profissionais e estudantes da área de saúde, pois vemos uma desqualificação da medicina popular desde que a formação médica centrou-se no cientificismo. Descrição da experiência. Objetivos: Mapear as práticas populares de saúde utilizadas pela população de um bairro da cidade de São Carlos, interior de São Paulo. Divulgar e debater essas práticas em um curso voltado a profissionais de saúde formados ou em formação, no qual os praticantes trazem o relato de suas experiências. Metodologia: Para o mapeamento, realizaram-se entrevistas semi-estruturadas com agentes comunitários da USF das regiões abrangidas pelo projeto e com freqüentadoras do Centro Comunitário. Em seguida foram entrevistados os praticantes apontados por essas pessoas. O curso de 28 horas tem sido oferecido pela Universidade em caráter de extensão, foi construído participativamente com os praticantes e profissionais e na sua execução contou com a participação dos praticantes. Efeitos alcançados: Até o momento o mapeamento abrangeu duas regiões da cidade, tendo sido entrevistadas 13 pessoas da equipe de Saúde da Família, 136 usuários do Centro Comunitário e 31 praticantes. Foi publicado um catálogo com essas práticas descritas. O curso é de oferta anual, com 3 edições até o momento. Os entrevistados do Centro Comunitário e da equipe citaram diversas práticas populares nas regiões, tais como: benzimento, erveiros, raizeiros, farmácia, centros espíritas, massagista, Igreja Católica, Igrejas Pentecostais e Neo-pentecostais, homeopatia, terreiros, acupuntura, terapia comunitária. As três primeiras turmas do curso totalizaram 72 participantes, entre estudantes de graduação, residentes e profissionais. Recomendações: Encontrou-se uma grande diversidade de práticas populares de saúde mostrando que os moradores buscam apoio não apenas nos profissionais de saúde, mas complementam os sistemas terapêuticos. O catálogo dá maior visibilidade a essas práticas e a participação dos praticantes no curso valoriza sua prática e permite um diálogo já durante a formação profissional. Palavras-chave: educação popular e saúde, medicina alternativa, capacitação profissional |