Poster (Painel)
597-1 | A RELAÇÃO ENTRE A CONCEPÇÃO DE SAÚDE DO DISCENTE DE FISIOTERAPIA E O CONCEITO PROPOSTO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
| Autores: | Tales Iuri Paz Albuquerque (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Alecsandra Ferreira Tomaz (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Déborah Danielle Tertuliano Marinho (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) |
Resumo INTRODUÇÃO: A palavra Saúde trás consigo uma ligação direta com a vida, e evidentemente, com a existência humana, o que a torna um objeto de estudo complexo e variável. É notória a necessidade de se discutir tal temática, principalmente, no âmbito dos cursos de saúde, para acompanhar a construção da concepção de saúde, neste caso do discente de fisioterapia, e refletir se essa concepção está coerente com as necessidades sociais, como também, se sua construção é reprodução de conceitos produzidos por órgãos de representatividade internacional, como por exemplo, Organização Mundial de Saúde (OMS).OBJETIVO: Conhecer a concepção de saúde do discente de Fisioterapia da UEPB ao término do último período do curso e sua relação com o conceito da OMS. MÉTODOS: Foi realizada uma pesquisa de caráter quali-quantitativa, constituída por uma amostra de 20 discentes do décimo período de Fisioterapia, regularmente matriculados. Os instrumentos para coleta de dados foram: questionário sócio-demográfico, técnica de associação livre de palavras e questões acerca da concepção de saúde e da OMS. Os procedimentos de análise da associação e das questões abertas se constituíram da Análise Temática de Conteúdo (BARDIN, 1977), e para os demais instrumentos foi utilizada a estatística descritiva. RESULTADO: Constatou-se que o discente do décimo período apresenta uma concepção de saúde correlacionada ao bem-estar físico, acompanhada por ausência de doença, qualidade de vida e prevenção. Apenas 35% dos discentes relatam conhecer a definição da OMS de 1948, dentro os quais 43% concordam com esse conceito, considerando-o completo. CONCLUSÃO: É perceptível a influência da universidade sobre a formação de concepções, ou de reprodução delas, em especial sobre saúde. Prova maior foi contatar que grande parte dos discentes se utiliza da definição da OMS, já questionada, na construção de sua concepção de saúde, mesmo maioria relatando não conhecer. Falar de saúde sem pensar em doença, ou pensar em doença sem associar à saúde, ainda é visto com dificuldade, sendo motivo de conflito, persistente, na saúde enquantoprática profissional do Sistema Único de Saúde. Torna-se evidente a necessidade de articular novas abordagens de ensino da educação para a área da saúde, com fins de desconstruir o processo de ensino baseado na transmissão de conceitos, siglas e frases decoradas, e sim, estimular o aluno a questionar, a propor e refletir sobre concepções de saúde que valorizem o Ser Humano. Palavras-chave: Concepção de saúde, Formação profissional, Sistema Único de Saúde (SUS) |