559-1 | OFICINAR CORPOS: CONTÁGIOS E PROLIFERAÇÕES DA ESTÉTICA DE SI | Autores: | Vilene Moehlecke (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUNIVATES - UNIVATES) |
Resumo O projeto de tese discute a intervenção por meio da dança contemporânea, da clínica ampliada e da linguagem digital, no sentido de pensar sobre os efeitos produzidos e os modos de saúde criados. Construímos uma cartografia acerca dos processos vivenciados em um grupo de expressão corporal realizado em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Utilizamos um embasamento prático-conceitual, alicerçado na Filosofia da Diferença, que nos auxilia como ferramenta para a construção de um pensamento crítico e inventivo. Para tanto, discutimos os desafios ético-estéticos que envolvem o próprio ato da escrita, com seus desafios e desdobramentos da função-autor. Lançamos a potência do dançar e do oficinar ao problemático de Gilles Deleuze, para compor um conjunto de constelações-problema, que se desdobram em questões de discussão sobre a estética e a clínica ampliada. Seguimos discutindo o método da cartografia, como uma produção de conhecimento disposta a transitar na potência da criação e da composição de um território estético. Além disso, entramos nas discussões que envolvem os corpos da psicose, uma vez que mapeamos a experiência da loucura, em seus adoecimentos e potência de transformação. Pensamos nos sujeitos que vivem os desatinos da destruição, mas podem compor uma nova dobra, a partir do encontro com a arte ou com um agenciamento do si. Seguimos com uma discussão que envolve o cotidiano de um CAPS, com seus modos institucionalizados e suas linhas de fuga. Desse modo, mergulhamos na experiência da Oficina, com o intuito de perguntar sobre os efeitos produzidos em um corpo que se lança às aventuras do dançar e do estar em grupo. Este pode ser expresso enquanto um dispositivo clínico de cuidado. Além disso, problematizamos a tecnologia digital, através da fotografia e da filmagem, como uma nova linguagem produtora de outros afetos e críticas acionadas pelos integrantes. Entendemos a arte dançada e a imagem digitalizada como um dispositivo de subjetivação, além da produção de um modo-grupo, que transforma gestos e corpos, bem como produz a potência do dançar, do coreografar e da possibilidade de coletivizar a diferença expressa em coreografia e linguagem. Discutimos a clínica do sensível, por meio da cartografia do Grupo Contágio, que produz uma zona imagética e conceitual, composta por gestos criados e palavras compartilhadas. Os personagens conceituais nos ajudam a visualizar transformações e alterações, em um modo grupo envolto em aventuras e proliferações. Palavras-chave: Cartografia, Clínica Ampliada, Dispositivo Grupal |