Resumo

Contextualização: A incontinência urinária feminina tem prevalência e grande impacto na qualidade de vida da mulher, principalmente durante a gestação e pós-parto. Neste 20 a 30% das mulheres sofrem de incontinência urinária, sendo a forma mais comum a de estresse (IUE). O principal método de tratamento para esta condição são os exercícios pélvicos, introduzidos por Kegel em 1948. Objetivo: Revisar a literatura sobre a importância do fortalecimento dos músculos pélvicos para prevenir ou tratar a IUE em gestantes e puérperas. Materiais e método: Realizou-se pesquisa bibliográfica através de revisão literária em periódicos nos bancos de referência PubMed, Scielo e MEDLINE e monografia da Universidade da Amazônia, obtida no Google acadêmico, reunindo ideias comuns e conectando as complementares. No PubMed e MEDLINE foram utilizadas as palavras-chave: stress urinary incontinence (prevention and therapy), pregnant woman, puerperium e pelvic floor. No Scielo as palavras-chave foram as mesmas, traduzidas para o português. Resultados: Em estudos com grupos controle e de tratamento, observou-se maior redução da IUE e aumento da força muscular pélvica nos segundos grupos em 8, 16 semanas e 1 ano pós-parto. Já 6 anos pós-parto não houve diferença significativa entre os grupos. Quanto ao tipo de parto, o vaginal tem maior prevalência de IUE que o cesáreo obstruído, e esta se torna semelhante após 1 ano. Neste período, a prevalência no parto cesáreo eletivo é menor comparado aos anteriores. Outros fatores que influenciam a presença de IUE são peso, idade, paridade, posição do feto e variação hormonal. É importante que as gestantes sejam informadas e treinadas adequadamente sobre a realização dos exercícios pré e pós-parto. Conclusão: Apesar das dificuldades na execução dos exercícios, estes são vantajosos pois sua prática contínua na gestação e pós-parto previne e trata a IUE de forma eficiente, simples e sem efeitos adversos. Seus resultados dependem da frequência, intensidade, período e regularidade do treinamento e há variedade entre os estudos acerca da natureza de seus regimes, dificultando a comparação entre eles. Há necessidade de mais pesquisas para comprovar o efeito a longo prazo do treinamento pélvico relacionado a gestantes.