Resumo

Esta experiência se deu a partir do trabalho de conclusão da Especialização em Gestão Participativa Políticas Públicas e Saúde, tendo por finalidade uma vivência participativa, em uma comunidade da cidade de Caxias do Sul. Sabendo que o Brasil é o país com maior biodiversidade do planeta,associado a uma rica diversidade cultural e étnica, em diversos países inclusive no Brasil as plantas medicinais são utilizadas há milênios para fins terapêuticos. Na localidade de Criúva, interior da cidade de Caxias do Sul, serra gaúcha, as raízes são de descendência italiana, os colonos que colonizaram a região não dispunham de serviços médicos naquela época, sendo que as plantas medicinais e os conhecimentos empíricos supriram a necessidade de cura e cuidado. Esses conhecimentos foram passados de geração em geração, e hoje a maioria dos habitantes desta localidade sabe alguma receita com plantas medicinais para promover seu auto-cuidado e de sua família. Estar em contato com a escola da localidade como veículo de comunicação e educação permanente é uma estratégia para mobilizar e estimular a população na troca de conhecimentos. O grupo tem a escola como parceira para entender, e promover o auto-cuidado e a troca de conhecimentos da população sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, tendo como por certo de que este é um recurso ao acesso de todos. O auto- cuidado tem se apagado nos últimos anos, onde o modelo médico-assistencial hegemônico tira o usuário de cena, sendo que ele não é mais um ator, mas sim um paciente como tão amplamente é conhecido. Divulgar a política de plantas medicinais e fitoterápicos do SUS, promover debate e troca de informações sobre o tema, promover oficinas com a comunidade e construir com a população uma horta onde todos tenham acesso às plantas medicinais são estratégias para mobilizar a escola e população local a produzir o auto-cuidado através da utilização de plantas medicinais e fitoterápicos.