544-1 | Estágio de Vivência em Saúde Mental como dispositivo de mudança na formação: reflexões sobre clínica e política | Autores: | Júlia Monteiro Schenkel (UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos SinosUFRGS - Universidade Fedral do Rio Grande do Sul) ; Júlia Monteiro Schenkel (UFRGS - Universidade Fedral do Rio Grande do Sul) ; Graziele Schweig (UFRGS - Universidade Fedral do Rio Grande do Sul) ; Bruna Marques Crixel (UFRGS - Universidade Fedral do Rio Grande do Sul) |
Resumo Com este trabalho, temos por objetivo divulgar e apresentar algumas reflexões construídas durante uma edição do Estágio Trandisciplinar em Rede de Saúde Mental, que consistiu em um período de quinze dias de vivência e de intervenção em serviços da rede de saúde mental de dois municípios do estado do Rio Grande do Sul.
O Estágio é uma iniciativa autônoma de estudantes de diferentes cursos de graduação das áreas da saúde e humanas e surge da percepção de que a temática das políticas públicas de saúde não tem sido contemplada pelos currículos universitários. Esses estudantes entendem que o sentido histórico do processo de luta que levou à implantação de um novo modelo de atenção à saúde mental deva ser incorporado à formação de futuros profissionais de saúde, pois são esses profissionais que irão compor o quadro de recursos humanos do SUS e devem estar devidamente apropriados dos princípios e valores que o sustentam.
Dentre os objetivos do Estágio Transdisciplinar em Rede de Saúde Mental estão: a sensibilização dos futuros profissionais para o comprometimento com a nova política de Saúde Mental e para o cuidado que ela preconiza; a disseminação do tema da Reforma Psiquiátrica na formação acadêmica; e o fomento ao diálogo transdisciplinar, essencial ao trabalho em equipe e à atenção integral à saúde. O Estágio se configura como uma imersão em uma série de atividades intensas e produtoras de questionamentos e descobertas. Essas atividades consistiram em momentos de intervenção junto aos serviços de saúde, de leituras e debates de textos sobre saúde mental coletiva, além da realização de oficinas, rodas de conversa e seminários.
O Estágio tem ocorrido desde janeiro de 2007, formando turmas de aproximadamente quinze estudantes, durante os períodos de férias de verão e de inverno, que passam duas semanas vivenciando essa experiência. As reflexões aqui desenvolvidas iniciaram em nossa vivência na edição de julho de 2008 e permaneceram como inquietações que foram levadas a outras edições do Estágio. Trata-se, fundamentalmente, da ampliação do conceito de intervenção e da explicitação da relação entre clínica e política como elementos essenciais para uma prática em saúde mental que se volte para a real construção de um novo modelo de atenção e de promoção de saúde. Palavras-chave: estagio de vivência, reforma psiquiátrica, formação em saúde |