9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:526-1



526-1A PRECEPTORIA NO PET-SAÚDE: O DESAFIO DA FORMAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Autores:Pedro Henrique Rocha Ribeiro (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Lidiany Alexandre Azevedo (UFC - Universidade Federal do Ceará) ; Daniely Ildegardes Brito Tatmatsu (UFC - Universidade Federal do Ceará)

Resumo

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) nasce da necessidade de reformular a formação dos cursos de graduação da saúde. O projeto PET-SAÚDE da Universidade Federal do Ceará foi construído a partir da interdisciplinaridade, propondo atividades de promoção, gestão e atenção à saúde, tendo como atores professores e estudantes de graduação dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Medicina, Odontologia e Psicologia e técnicos da rede de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. Durante a caminhada desse algumas inquietações surgiram, dentre elas a maneira de aprimorar a ligação entre Universidade e Serviços de Saúde, de forma a garantir o atendimento às demandas e o desenvolvimento das duas instâncias. Primou-se por dar voz a todos os atores desse processo – professores, técnicos (preceptores e não preceptores), gestores e alunos – e se iniciou o questionamento de qual o papel de cada um. A preceptoria ganhou destaque devido a heterogeneidade de discursos e das dificuldades de delimitar suas funções. Eram freqüentes, entre os profissionais, inquietações do tipo: “Preceptoria: qual o nosso papel?”, “Existem diferenças entre as funções do preceptor e do tutor?”, “O estabelecimento de uma hierarquia entre tutor/preceptor/aluno é a melhor escolha pedagógica?”, “A Universidade e/ou o serviço tem algum compromisso com a preceptoria?”. Promoveu-se a reflexão acerca dessa prática por meio de distintas atividades: grupo focal com profissionais e estudantes, em que foi discutido a visão e a importância dos estágios/internatos, bem como outras atividades no serviço para a formação profissional e a responsabilidade dos preceptores, docentes e estudantes nos processos formativos; encontro entre profissionais e docentes tendo como objetivo o estabelecimento de um vínculo maior entre serviço e universidade para pensar a execução das atividades formativas; confecção de uma cartilha sobre preceptoria; planejamento de uma oficina com para discutir as funções e competências de preceptores e tutores. Assim, levou-se a atividade de preceptoria à “pauta do dia” da Universidade e dos serviços, e foram construídas, de forma coletiva, indicações das possibilidades, limites, desafios e cenários de trabalho. Considere-se que a construção de espaços para a reflexão devem estar expressos em concordância com a rotina da oferta de serviço sempre em função de potencializá-la.


Palavras-chave:  PET-Saúde, preceptoria, formação