Resumo

Introdução: O surgimento do SUS na Constituição Federal de 1988 se traduz em um importante fator que potencializou diferentes processos de mudanças nas práticas em saúde, o que está diretamente relacionado com a formação dos profissionais de saúde, e demanda uma implicação por parte de cada curso da área da saúde. Objetivos: Tendo em vista que alguns aspectos mesmo que gerais podem nos apontar alguma noção da realidade dos cursos, este estudo buscou identificar as principais características que envolvem os cursos de fisioterapia existentes no Estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Com abordagem exploratória o presente estudo identificou as principais características dos 27 cursos de fisioterapia existentes no Rio Grande do Sul até o final de 2009. Foi realizado um estudo descritivo a partir de dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Anísio Teixeira, tais como categoria administrativa, carga horária, região de abrangência, tempo de existência do curso, número de vagas, dentre outros. Resultados: Os resultados acerca dos 27 cursos evidenciaram que todos apresentam modalidade de ensino presencial e regime letivo semestral, variando entre 8 e 10 semestres; 75% deles estão no setor privado, o número de vagas encontra-se entre 30 e 120, a carga horária varia entre 3.540 e 4.865 horas/aula, o turno de oferta é predominantemente integral, os cursos predominam na região metropolitana e central, e, desde seu surgimento, somente nos últimos sete anos o número de cursos de fisioterapia no Estado do Rio Grande do Sul triplicou, o que caracteriza um aumento de 80%. Conclusão: Conforme foi possível observar os cursos de fisioterapia apresentam inúmeras diferenças entre si, destoando principalmente a categoria administrativa, a região de abrangência e o número de estudantes em cada turma. No momento atual em que vivenciamos a preocupação com uma formação voltada às necessidades sociais os dados levantados sugerem uma investigação mais aprofundada em relação a cada curso, tendo em vista que as características organizacionais, principalmente das instituições privadas refletem os possíveis interesses existentes em cada instituição de ensino superior, o que pode exercer influência sobre o formato e o processo de formação.