Resumo

O ambiente hospitalar pode se configurar para uma criança como um local hostil que causa medo e angústia. Com a intenção de minimizar tal experiência durante a internação hospitalar, pode-se utilizar atividades lúdicas. Assim, essa prática justificou-se na possibilidade de auxiliar no processo de recuperação da saúde, oportunizando momentos de integração entre equipe, familiar/cuidador e criança/adolescente. promover atividades lúdicas que proporcionassem um ambiente mais agradável e realizar atividades de educação em saúde com as crianças e adolescentes hospitalizados. As atividades foram desenvolvidas na Unidade de Internação Pediátrica de um hospital de ensino do sul do Brasil nos meses de março a junho de 2009. Para tanto, foram realizadas atividades lúdicas três turnos por semana..Para os passeios, as crianças/adolescentes eram convidadas juntamente com seus familiares/cuidadores no início do plantão e, no horário combinado, saímos para caminhar pelo campus da universidade. Os filmes em desenho animado eram exibidos para as crianças com a utilização de aparelho próprio de DVD, e por meio da locação de filmes. Em uma tarde, as crianças foram reunidas na brinquedoteca para realizarem a atividade da Pirâmide Alimentar. Durante essa atividade, discutiu-se sobre a importância de uma alimentação saudável e meios de se alimentar corretamente. Além das atividades realizadas durante as semanas; em meses com datas comemorativas a unidade foi decorada e festinhas foram organizadas com a ajuda da equipe de enfermagem. Com o desenvolvimento dessas ações, o lúdico se torna uma maneira de alcançar o mundo individual da criança e do adolescente, sendo uma atividade que promove seu desenvolvimento no sentido de comunicação, criatividade, linguagem e socialização. O brincar apresentou-se como uma estratégia de intervenção de enfermagem, auxiliando na apreensão do significado das interações e vivências das crianças. A partir desse contato próximo com pacientes e seus familiares é possível para os profissionais entenderem o momento e as dificuldades pelas quais estão passando a criança e seus familiares durante a hospitalização. Atingir o mundo desses pacientes pode contribuir para a qualidade do cuidado não somente a eles como também a seus familiares/cuidadores.