Resumo

Vivemos em uma sociedade estruturalmente desigual com realidades diversas e de dimensões geográficas que em muito dificulta o acesso dos profissionais aos conhecimentos atualizados, capazes de possibilitar aos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) um perfil de competência profissional para si e o conjunto dos seus trabalhadores. Partindo desse pressuposto, atribuímos especial importância ao papel da Educação à Distância (EAD) na formação dos trabalhadores em saúde uma vez que a mesma possibilita ser um dos elos entre as necessidades advindas da dinâmica da realidade e a fragilização resultante do processo de formação formal destes trabalhadores. Assim, o trabalho tem como proposta tecer algumas considerações reflexivas sobre a educação permanente em saúde e sua relação com a EAD a fim de contribuir para o entendimento desse processo e suas implicações diante da crise do paradigma da educação e enquanto estratégia do campo da saúde. Para tanto, procura desenvolver um paralelo histórico entre a forma como vem sendo instituída na atual conjuntura marcada pela globalização das informações, avanços tecnológicos que modificam a forma como o conhecimento é disseminado e, sobretudo adquirido. É imperioso reconhecer que o processo de construção e desenvolvimento da EAD na formação de profissionais de saúde, e a relação entre os avanços tecnológicos e os modelos pedagógicos, apresentam-se como um intricado campo de conjunção de forças e possibilidades. O que significa dizer que tal relação pressupõe uma atuação voltada para o enfrentamento de questões referentes ao processo de aprendizagem, a interação entre os sujeitos envolvidos, e o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como facilitador dos sujeitos sociais no processo de construção do conhecimento e no preenchimento de lacunas na formação de pessoal para a saúde. Ressalta-se que esta modalidade de educação na área da saúde tem crescido e possibilitado a comunicação por meio dos ambientes virtuais e videoconferência a exemplo, do Telessaúde focado na atenção básica e o Telemedicina para os Hospitais Universitários que permite que essas instituições promovam videoconferências em alta definição, demonstrem cirurgias, ministrem palestras, mostrem aplicações, ofereçam ensino à distância e dêem assistência médica na ponta para a população, telediagnóstico por imagem na área de atendimento.