Resumo

O presente trabalho é um relato de experiência da atuação do Núcleo de Apoio a Saúde da Família(NASF) no incentivo as práticas integrativas no município de João Pessoa. Que apesar de não possuir uma política instituída de Práticas Integrativas e Complementares (PIC), o território é repleto de atividades que ocorrem por iniciativas pessoais de profissionais e usuários, muitas vezes sem qualquer registro. Frente ao problema de não haver definida uma política municipal implantando as PIC, a inclusão do NASF vem como fortalecedor tanto das práticas que já ocorriam o território, quanto na discussão da implantação de política municipal de PIC, este fortalecimento se deu através do matriciamento. Ocorrendo várias oficinas em reuniões com as equipes de apoio dos Distritos Sanitários que apóiam as unidades de saúde da família, e em seguida atividades de sensibilização com os profissionais das mesmas e com a comunidade, nos grupos de convivência e nos grupos de idosos. Com o aumento das discussões sobre as PIC viu-se a necessidade de criar um Grupo de Trabalho de Práticas Integrativas que foi montado no município com a participação de gestores, trabalhadores de saúde (incluindo o NASF), universidade através do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Homeopatia e Fitoterapia (NEPHF) da UFPB, assim como a participação de terapeutas holísticos e do Sindicato dos Terapeutas do Estado da Paraíba. Sendo discutido, no GT, o fortalecimento da fitoterapia, através de uma capacitação para os prescritores (Médicos, enfermeiros e dentistas), da criação de hortas medicinais nas unidades de saúde da família, da criação de uma oficina de fitoterápicos para produção local. Sendo discutido, ainda, a criação de um centro de PIC de referência para o município e a capacitação de todas as equipes de saúde da família em práticas corporais. A partir dos movimentos realizados pelo NASF na forma de Apoio Matricial e pela participação no GT de PIC pode-se notar uma maior compreensão por parte dos Profissionais sobre as PIC, incluindo a valorização dessas práticas, o aumento do número de PIC que acontecem no território, a valorização do conhecimento da fitoterapia, inclusive o popular. O maior empenho da gestão em implantar uma política de PIC, assim como a construção em andamento do Centro de PIC no município.