Resumo

A RMSFC de Fortaleza teve inicio em junho de 2009 e é estruturada em doze unidades de saúde que estão distribuídas no formato de duas unidades em cada uma das seis Secretarias Executivas Regionais do Município - SER. Nestas unidades foram lotadas no máximo cinco categorias profissionais e no mínimo três que foram distribuídas de acordo com a pactuação dos gestores do nível central com os gestores das regionais. Cada unidade de lotação recebeu além dos residentes, o preceptor de território que se responsabiliza pelo acompanhamento direto do aluno. O presente trabalho mostra como se desenvolve o trabalho de preceptor de território no Centro de Saúde da Família - CSF Guiomar Arruda, quais são as potencialidades e os limites deste fazer de educação em serviço. Este CSF se localiza na SER1 em um bairro denominado Pirambu. As profissões presentes são: Educação Física, Medicina Veterinária e Psicologia. A metodologia utilizada neste relato de experiência foi a análise dos relatórios de preceptoria, o material produzido pelos residentes, assim como o diário de campo e a observação destes oito meses de trabalho neste território. O que se observa é que para ser preceptor de território várias habilidades são necessárias como flexibilidade, tenacidade e dialogicidade, pois na verdade a pessoa tem que exercer vários papeis que vão desde gestor até mesmo de paciente; sem esquecer o real oficio de professor de serviço que tem de levar o residente a refletir sobre seu trabalho. Na experiência do Guiomar Arruda vejo primeiro o prazer que é construir uma nova proposta e de fazer junto a cada uma das profissões da residência e do CSF atividades que propiciem o cuidado integral das famílias do Pirambu. Assim como de colaborar nos processos de cogestão da unidade. Como desafio vejo a manutenção da dialogicidade com os residentes sem perder a diretividade e mesmo a construção e a defesa de uma proposta inovadora que não tem o apoio político de forma majoritária.