Resumo

Com a definição de novas diretrizes e estratégias para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, conforme a Portaria nº 1.996 de 20 de agosto de 2007 do Ministério da Saúde, criam-se as Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço (CIES) que tem a função de conduzir e efetivar regionalmente essa política. Assim, as CIES são instâncias intersetoriais e interinstitucionais permanentes que participam da formulação, condução e desenvolvimento da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. A partir disso, em 2009, com o efervescente movimento estudantil na Universidade de Santa Cruz do Sul/RS, surgiu a oportunidade da participação de acadêmicos da área da saúde representados pelo Grupo de Estudos e Trabalhos em Saúde Coletiva (GETESC/UNISC) na CIES da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde do RS como representante dos usuários. Essa representação permanece até os dias atuais através de reuniões mensais com gestores, usuários, trabalhadores de saúde e instituições de ensino e ainda, proporciona ao GETESC, uma importante reflexão e discussão das reais necessidades e especificidades locais e regionais de saúde pública, de gestão em saúde e da própria formação em saúde. Desfocamos do nosso cotidiano para ampliar o olhar, e passamos a analisar como está a formação em saúde e a saúde pública na nossa região; como os serviços estão organizados e como os municípios estão articulados para atender essa demanda em saúde. Vemos com isso que os acadêmicos começam a desenvolver um maior senso crítico frente a sua formação, maior vontade de participação nas instâncias de Controle Social e um comprometimento com a continuidade e multiplicação da experiência com outros acadêmicos.Cabe salientar que a partir da vivência em compor uma CIES, esse processo de inserção dos acadêmicos é algo muito recente e que requer dos mesmo muita persistência e legitimação, numa luta diária para se fazer ouvir. Pois, é preciso que todos reconheçam a importância e relevância da participação estudantil nesse espaço e que acreditem que o estudante tem algo a contribuir a acrescentar na construção da saúde pública, já que ele trás consigo a potente possibilidade da criação, da transformação e da mudança.