9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:484-1


Poster (Painel)
484-1RELATO DE EXPERIÊNCIA DE TRABALHO EM REDE DE CUIDADO EM SAÚDE DE UMA EQUIPE DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE LONDRINA
Autores:Eliana Barbosa Pereira (NESCO- UEL - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva- UEL) ; Maíra Mina Kawakami (NESCO- UEL - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva- UEL) ; Márcia Cristina Pereira (NESCO- UEL - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva- UEL) ; Geórgia Oliveira Ortolan (NESCO- UEL - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva- UEL) ; Daniele Scherbaty (NESCO- UEL - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva- UEL) ; Érika Valentim Furquim (NESCO- UEL - Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva- UEL)

Resumo

De acordo com o Ministério da Saúde, ao extrapolar os limites das diversas instituições públicas e ao consolidar a articulação entre programas (seja com instituições de saúde ou com instituições representativas de outros setores da comunidade), fortalece-se o Sistema Único de Saúde (SUS) como um todo, e estabelece o caráter público que se destina suas ações. Na lógica do trabalho em rede está presente um caráter pedagógico no qual a democratização da informação e a vivência da liberdade e responsabilidade produzem em seus componentes uma mudança de hábitos e posicionamentos frente à realidade. (BRASIL, ONLINE) Nesta perspectiva, este artigo busca discutir o trabalho em rede a partir da confluência de ações de diferentes programas dos Ministérios da Saúde- Unidade Básica de Saúde (UBS) e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)- e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome- Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O trabalho estruturou-se a partir do relato de experiência de um caso em que se constatou negligência materna em relação ao recém-nascido (RN), prematuro, que vinha apresentando quadro clínico de perda de peso, pneumonia e infecção urinária. A mãe do RN, 16 anos, apresenta transtorno de personalidade. No período morava com o pai da criança, 60 anos mais velho, e estava em situação de disputa com seus pais pela guarda do RN. A adolescente que já era assistida desde a infância pelo CREAS III e pelo Conselho Tutelar, desde sua gestação passou a ser acompanhada por um grupo de residentes do Programa Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina (Paraná, Brasil), em um bairro periférico da cidade. Mediante os riscos vitais e a vulnerabilidade social do caso, a equipe de residentes acionou a rede dos serviços citados e o conselho Tutelar. A partir da ação conjunta dos serviços, definiu-se a guarda provisória para os avós maternos do RN e a permanência do acompanhamento psicossocial dos mesmos pelo CREAS; o acompanhamento psicossocial da adolescente no CAPS infantil e o monitoramento do caso pelo Conselho Tutelar. Esta experiência de trabalho em rede estabeleceu parcerias entre os serviços, estimulando o apoio mútuo entre várias instâncias do sistema de saúde, concretizando, portanto, as diretrizes do SUS que concebe um modelo de saúde pautado no princípio da integralidade.


Palavras-chave:  Integralidade, Rede de Cuidado, Trabalho Multiprofissional