474-2 | O homem lido e o homem corrido: articulações entre o saber acadêmico e popular a partir de um estágio de vivência. | Autores: | João Vinícius dos Santos Dias (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Resumo
O presente trabalho é fruto de uma experiência na perspectiva da educação popular ocorrida em uma comunidade rural do município de Santa Rita – Paraíba. Por meio da participação no Estágio Nacional de Vivência em Extensão Popular (ENVEPOP), estágio organizado por movimentos sociais ligados a perspectiva da educação popular em parceria com a UFPB, foi possível vivenciar o cotidiano da população da comunidade de Gargaú, partilhando de seus hábitos e costumes.
A partir referencial ético-político na educação popular e de ação na extensão popular a vivência ocorrida entre janeiro e fevereiro de 2010 teve como objetivo estabelecer uma relação mais próxima com os múltiplos saberes que estão para além dos muros da academia. Nesse sentido a metáfora do homem lido, aquele que possui uma formação ligada aos livros e a academia e do homem corrido, aquele cuja formação se dá a partir das experiências cotidianas de vida e trabalho, foi usada por um dos mais antigos moradores da comunidade em uma discussão sobre os diferentes tipos de saber.
A metáfora sintetiza a distância e a dicotomia ainda existentes entre os dois saberes e aponta a necessidade de ampliação das ações e projetos que possibilitem um diálogo mais próximo entre universidade e população, como por exemplo, as atividades de extensão.
Outro elemento importante identificado a partir da vivência foram as possíveis articulações entre o saber técnico e o popular na construção de uma concepção holística de saúde e de cuidado, na qual o indivíduo é considerado em sua esfera física, social, espiritual, etc. Palavras-chave: Educação Popular, Estágio de Vivência, Extensão Universitária |