Resumo

O presente trabalho diz respeito a um relato de experiência de psicólogos e uma assistente social da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC), atuantes junto a quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) da cidade de Lages/SC, acerca de uma atividade de Promoção de Saúde, sendo esta uma das prioridades da ESF. Conforme a Política Nacional de Promoção de Saúde (MS 687/2006), a promoção da saúde é considerada como uma das estratégias de pensar e de operar articulada às demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro, que contribui na construção de ações que possibilitam responder às necessidades sociais em saúde. Neste sentido, no dia Mundial da Saúde do ano de 2009, em parceria, Psicologia e Serviço Social realizaram uma gincana, nomeada “Gincana da Saúde”, onde se constituíram 5 equipes, totalizando a participação de 35 crianças de 06 a 13 anos, pertencentes ao território adscrito à Unidade de Saúde da Família (USF) de um bairro periférico da cidade de Lages. No período da manhã foi realizada a sessão “Cinema Infantil” e à tarde as brincadeiras entre as equipes com seis provas lúdicas que enfocaram a saúde da criança, sendo que estas atividades tiveram como objetivo oferecer momentos de integração entre os profissionais da saúde e as crianças demonstrando ainda, que a Unidade de Saúde pode ser um espaço educativo e de transformação social. A atividade realizada fomentou/possibilitou aos envolvidos a integração, trabalho em equipe, momentos de prazer, dignidade e cidadania, princípios básicos da promoção de saúde. Nesse sentido, consideramos que tanto a Psicologia como o Serviço Social inseridos na ESF são responsáveis por pensarem/efetivarem estratégias que promovam bem estar social a partir do conceito ampliado de saúde, tendo em vista que essas ações impactam as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão envolvidas no processo dinâmico de saúde doença da comunidade. Cabe destacar que os profissionais percebem esses momentos como desafio para a desconstrução do modelo hegemônico no fazer relacionado a saúde, proporcionando o cuidado integral aos usuários e levando estes profissionais a repensarem suas práticas na saúde coletiva.