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A construção de uma experiência de educação em saúde junto a um grupo de adolescentes de uma escola pública em João Pessoa – PB
| Autores: | Robson da Fonseca Neves (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Clécia de Oliveira Cavalcanti (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: O conceito de educação em saúde tem sido modelado historicamente de acordo com as racionalidades que orientam sua prática. Inicialmente, a educação em saúde caracterizou-se por um modelo hegemônico e biologicista (ainda presente nas práticas educadoras atuais) e a partir da década de 70 um novo modelo começa a desenvolver-se, o modelo dialógico. Tal modelo passa a valorizar os saberes e práticas populares e os sujeitos envolvidos com esse processo são convidados a deixar a passividade diante dos profissionais de saúde para compartilhar suas experiências e vida. Diante desse contexto, o presente artigo se propõe a refletir sobre o processo de construção de uma experiência de educação em saúde junto a um grupo de 25 adolescentes de uma escola pública situada no Grotão, bairro de classe média baixa de João Pessoa – PB. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A atividade foi desenvolvida pelos acadêmicos de fisioterapia do Estágio II Saúde Coletiva, período 2009.2, da Universidade Federal da Paraíba em um intervalo de três meses. Ocorreram reuniões de planejamento e posteriormente início das atividades com os jovens, com os quais foi decidido o tema a ser trabalhado – a esquistossomose, que no momento era uma realidade presente na comunidade. Foram realizados sete encontros e neles foram contemplados aspectos biológicos, determinantes sociais, construção de estratégias de enfrentamento da esquistossomose e uma ação de fechamento das atividades envolvendo mais membros da escola e da comunidade. Dinâmicas de grupo, construção e exposição de cartazes e trabalhos com teatro e música também foram utilizados durante as discussões. As atividades de grupo foram descritas em diário de campo o que possibilitou contemplar não somente as especificidades objetivas dessas ações, mas também o caráter reflexivo. EFEITOS ALÇANCADOS: O trabalho de educação em saúde desenvolvido envolveu uma perspectiva horizontal aproximando-se mais do modelo dialógico e essa metodologia foi impulsionadora para a criação de vínculo entre os universitários e os adolescentes, mostrou-se essencial para reflexão e consequente mudança de comportamento dos envolvidos e como um mecanismo para formação de multiplicadores em saúde. RECOMENDAÇÕES: A educação em saúde, portanto, precisa ser sistematicamente planejada e assumida como um papel importante do profissional de saúde desde sua formação profissional. Palavras-chave: Educação em Saúde, Atenção Básica, Dialogicidade |