9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:419-1



419-1MOVIMENTO SINDICAL E A LUTA PELA SAÚDE
Autores:Maria Inês Souza Bravo (FASSO/UERJ - Faculdade de de Serviço Social/UERJ) ; Janaina Bilate Martins (FASSO/UERJ - Faculdade de de Serviço Social/UERJ) ; Raquel Trindade Andrade (HUPE/UERJ - Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJFASSO/UERJ - Faculdade de de Serviço Social/UERJ) ; Maria Cristina Braga Vieira (FASSO/UERJ - Faculdade de de Serviço Social/UERJ) ; Morena Marques (FASSO/UERJ - Faculdade de de Serviço Social/UERJ)

Resumo

O trabalho pretende identificar as principais lutas das centrais sindicais com relação à saúde e tem por objetivo analisar o potencial desses sujeitos políticos na atual conjuntura brasileira de segmentação da classe trabalhadora. A pesquisa parte de uma análise bibliográfica e documental, observação participante em Fóruns onde as Centrais participam e entrevistas com seus representantes. A configuração atual do movimento sindical é de fragmentação, expressa no quantitativo de centrais sindicais existentes na atualidade. Identificam-se oito centrais sindicais e duas entidades de organização sindical, a saber: Central Única dos Trabalhadores, 1983; Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, 1986; Força Sindical, 1991; Nova Central Sindical de Trabalhadores, 2005; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, 2007; União Geral dos Trabalhadores, 2007; Central Sindical de Profissionais, 2008; União Sindical dos Trabalhadores, 2008; Coordenação Nacional de Lutas, 2005; INTERSINDICAL, 2007. A análise preliminar nos mostra que, a partir de 2005, há um aumento no surgimento de novas centrais, que se originaram a partir do rompimento principalmente com a CUT, face a sua articulação com o governo Lula. Os principais eixos de análise são: relação das Centrais com o governo; conhecimento e pauta em defesa do SUS, existência de núcleo de saúde e as principais ações políticas. Verifica-se que as Centrais têm desenvolvido poucas lutas em defesa do Sistema Único de Saúde e tem tido como pauta os Planos Privados. As principais questões apresentadas à Política de Saúde apontada pelas Centrais são: Problema de Gestão (CUT); Influência da Política Neoliberal (CONLUTAS, INTERSINDICAL e NCST); Relação conflituosa entre empresas e trabalhadores (UGT). As principais lutas destacadas pelas Centrais são: relativas à Saúde do Trabalhador (CUT); lutas mais gerais e a importância da participação de base (INTERSINDICAL e CONLUTAS); ações integradas entre as diversas instâncias governamentais (UGT) e lutas no Legislativo e Democracia Representativa (CTB). Com relação aos conselhos são apresentadas algumas críticas: burocratização dos Conselhos; cooptação dos conselheiros; falta de participação dos movimentos sociais. Algumas questões apresentadas demonstraram-se ambíguas e contraditórias, expressando falta de conhecimento do significado destes espaços.


Palavras-chave:  Saúde, Movimento Sindical, Participação Social