Resumo

Caracterização do problema: Localizada em Porto Alegre, a Unidade de Saúde (US) Costa e Silva do Serviço de Saúde Comunitária, pertencente ao Grupo Hospitalar Conceição, atua de acordo com os princípios da Atenção Básica da Saúde. Destaca-se como trabalho de Promoção a Saúde o Grupo Valorizando a Vida. Este iniciou em 2000 abordando temas relacionados a doenças crônicas e fatores de risco, em especial hipertensão arterial sistêmica. Com o estigma de grupo de Hipertensos, em 2006, os integrantes propuseram inverter a lógica da doença para pensar em prevenção e promoção de saúde organizando oficinas de artesanato. Desde então, essa ressignificação fortaleceu um espaço predominantemente feminino, proporcionando troca de saberes, e experiências de vida entre mulheres. Em 2009 o grupo elegeu como ação prioritária a realização de oficinas criativas de artesanato que utilize materiais reciclados visando ter momentos de conversa sobre Saúde e Educação. Objetivos: Potencializar a participação destas mulheres em espaço coletivo e junto a elas, refletir sobre o seu protagonismo a partir das oficinas criativas e debates sobre saúde. Descrição da experiência: Os encontros acontecem semanalmente às 4º feiras, acompanhados por três profissionais da US, contando com a participação de outros. As oficinas de artesanato são planejadas mensalmente junto ao grupo, sendo ministradas pelas integrantes. Na última semana do mês, realizamos atividade teórica de educação em saúde, com temas acordados previamente com as mulheres. Efeitos alcançados: Identifica-se que o grupo é assíduo e se organiza de forma autônoma. Constantemente as mulheres se envolvem na em outras ações da US como: feiras, semana da mulher, visitas de natal e páscoa aos pacientes de assistência domiciliar, demonstrando a responsabilização pela própria saúde e saúde da comunidade. Beneficiam-se pela troca de conhecimentos e vivencias das suas histórias de vida em espaço coletivo. Recomendações:Consideramos que a aproximação do diálogo sobre saúde e oficinas criativas resulta em uma mudança de paradigmas referente à participação destas dessas mulheres na US, pois deixam de ser meras expectadoras, passando a ser “promotoras” de saúde junto a equipe, contribuindo também para a construção do principio da Integralidade do SUS.