Poster (Painel)
406-1 | FORMAÇÃO E PRÁTICA DOS ASSISTENTES SOCIAIS NO ÂMBITO DO HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS/RJ (HU’S) | Autores: | Ana Maria de Vasconcelos (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Valquiria Helena dos Santos Coelho (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Aline Maria Thuller de Aguiar (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Mariana Cordeiro Miranda (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Jacqueline Freire da Silva (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Cinthia Assis (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Juliana Ferreira Baltar (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) |
Resumo Os HU´s são espaços de formação de profissionais de saúde para todo o país; locais privilegiados para o desenvolvimento, de forma indissociável, da assistência, do ensino e da pesquisa e onde emergem questões cruciais para saúde coletiva. Este trabalho objetiva analisar o processo de planejamento e prática na saúde, frente às demandas dos usuários e às requisições institucionais, com foco nos assistentes sociais. A reconstrução empírica do objeto se deu a partir de observação de campo e entrevista (333 variáveis) em profundidade com enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, médicos, psicólogos e assistentes sociais. Foram entrevistados 349 profissionais empregando a técnica de saturação de questões. A análise está mediada por estudo bibliográfico com base nos princípios da Reforma Sanitária e na Legislação do Sistema Único de Saúde. A Profissão do Serviço Social possui um Projeto Ético-Político (PEP) construído pela categoria nos anos de 1970/80, no bojo das lutas democráticas, entre elas a luta pela Reforma Sanitária cuja concepção de saúde considera os determinantes sociais do processo saúde-doença e saúde como direito do cidadão, dever do Estado e com controle social. No planejamento da prática assistencial e de ensino, os assistentes sociais afirmam ter projeto sistematizado, mas, ao mesmo tempo, mostram dificuldade em apreender as demandas da população para o Serviço Social na área da saúde e em definir objetivos, prioridades, metas e categorias de avaliação. Quando os definem, os colocam distanciados dos interesses históricos dos trabalhadores. Entendemos que estas dificuldades possam estar relacionadas a ausência de investigação, o que resulta na dificuldade/impossibilidade de apreensão das demandas da população, das requisições institucionais e do conflito de interesses inerente a elas. O Estágio Supervisionado, o primeiro contato concreto dos alunos com a realidade da prática, também expressa as dificuldades relacionadas ao planejamento resultando mais em treinamento para a assistência do que formação para uma prática planejada e avaliada nas suas consequências. Um processo que vai determinar a condução da prática mediada pelos princípios do SUS e pelo PEP. Esse quadro revela e expressa a realidade da prática nos HU´s, onde os assistentes sociais não conseguem superar as dificuldades e limites impostos pelo complexo, contraditório espaço dos HU´s. Palavras-chave: Serviço Social, Prática na Saúde, Hospitais Universitários |