9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:394-1



394-1A vivência comunitária traçando percursos formativos no contexto da estratégia de saúde da família
Autores:Felipe Silveira da Costa (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Lueyna Silva Cavalcante (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Joverlandia dos Santos Mota (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Josefa Lilian Vieira (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Jordania Maria da Costa Brito (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Louise Anne Gomes de Souza Teles (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Márcia Silva de Paulo (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Vera Lúcia de Azevedo Dantas (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza)

Resumo

O desafio de propor uma formação integral para os profissionais da Saúde da Família que fuja do modelo biomédico tem sido uma questão importante abordada nos cursos de residência em Medicina de Família e Comunidade e em Saúde da Família e Comunidade. O exercício da dimensão ético-política na formação profissional, a partir da vivência comunitária, seria uma das vertentes para a concretização desse objetivo. O objetivo desse trabalho é relatar o percurso formativo de residentes de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissionais de Saúde da Família e da Comunidade em um movimento de articulação com processos de potencialização comunitária no território do Siqueira, Fortaleza. Durante a inserção processual comunitária dos residentes, foram realizadas uma série de reuniões com a participação de lideranças locais, profissionais de saúde e pessoas com práticas sociais significativas no território. Considerando a necessidade expressada de articulação entre movimentos e práticas, pensou-se em dar início a um processo de formação de redes considerando as potencialidades dos movimentos populares, práticas sociais individuais e profissionais de saúde envolvidos. Decidiu-se pela elaboração de uma oficina em que seriam recontadas a história de luta e resistência da povo do Siqueira, bem como as inter-relações com as histórias pessoais de militantes e moradores. Ao se reconhecerem politicamente e afetivamente, os participantes passariam a elaborar trilhas de acordo com as situações-limite e potencialidades vivenciadas no território tendo em vista a perspectiva de propor em uma articulação entre os diferentes movimentos e práticas envolvidos. Durante a oficina, foi observado como sonhos pessoais e coletivos foram se entrelaçando em uma tessitura do possível e necessário que vem alimentando a vida da comunidade há vários anos e curando feridas pessoais. Vislumbraram-se possibilidades de por esses sonhos em comum a partir da definição de trilhas como a da juventude, do ambiente, da articulação popular, entre outras, em que se depositou expectativas de contribuir para o fortalecimento de movimentos e práticas populares. Como próximas atividades foram planejados encontros para aprofundamento dos temas e a realização da primeira assembléia de usuários da unidade de saúde local. Espera-se que se mostrando também com um enorme potencial para a potencialização da prática dos residentes sob um ponto de vista integral, politicamente relevante e eticamente conseqüente.


Palavras-chave:  Formação, Comunidade, Saúde