392-1 | A participação comunitária nas tomadas de decisões de equipes de Estratégia de Saúde da Família: o caso de três municípios circunscritos pela 13° Coordenadoria Regional de Saúde.
| Autores: | Leni Dias Weigelt (UNISC - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULA) ; Suzane Beatriz Frantz Krug (UNISC - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULA) ; Luciele Sehnem (UNISC - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULA) ; Daiane Selke (UNISC - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULA) ; Fernanda Jacoboski Gasparello (UNISC - UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SULA) |
Resumo O trabalho apresentado caracteriza-se como um recorte do projeto de pesquisa “Saúde da Família: um olhar sobre a estratégia nos municípios da 13ª Coordenadoria Regional da Saúde”. A pesquisa tem como proposta o conhecimento e análise das Estratégias de Saúde da Família (ESF), incluindo o enfoque a respeito da participação da comunidade na gestão das políticas públicas que envolvem os ESFs nos municípios circunscritos pela 13ª Coordenadoria Regional da Saúde do Rio Grande do Sul. Sendo assim, no presente trabalho foram analisados os dados obtidos em três municípios com um total de sessenta e um mil e noventa e cinco habitantes, na região do Vale do Rio Pardo. Metodologicamente, a investigação seguiu a trajetória quantitativa, utilizando-se como instrumento de coleta de dados formulários com usuários cadastrados em seis ESFs dos municípios. Com os dados coletados elaborou-se estratificações numéricas que possibilitaram a quantificação dos mesmos. A amostra compreendeu cento e quarenta e nove usuários, entre dezoito e noventa anos, sendo a maioria do sexo feminino com escolaridade menor de oito anos. Ao serem questionados sobre sua participação nas decisões da ESF, cento e vinte e cinco, ou seja, 83,9% dos usuários relataram não participarem das decisões das unidades de saúde. Alguns relataram não saber como ocorre o processo de participação das decisões e outros acrescentaram que as equipes de saúde permitem a participação de alguns usuários da comunidade. Dos entrevistados, 12,8% participam através de reuniões e outros são comunicados das decisões pelo agente comunitário de saúde. Ao serem questionados para onde se dirigir em casos de críticas, elogios e sugestões sobre o serviço, 69,8% dos entrevistados disseram não saber para onde se encaminhar. Diante destes dados, observa-se a importância da busca de meios efetivos para o processo de construção e manutenção do controle social na Estratégia de Saúde da Família, que se estabelece com a participação ativa de diversos atores da sociedade, neste caso, os usuários, revelando-se um desafio para a prática diária da gestão em saúde nestas unidades. Estes são dados norteadores, que não encerram a veracidade sobre essa realidade, remetem-nos ao aprofundamento sobre o processo de trabalho na estratégia de saúde da família, bem como sobre o exercício do controle social dos usuários da ESF destes municípios. Palavras-chave: Estratégia de Saúde da Família, Gestão participativa, Participação social |