Poster (Painel)
390-1 | Desafios na educação popular em saúde dos feirantes nos mercados públicos da cidade de Parnaíba, Piauí | Autores: | Mariane Próspero Alves (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) ; Monykelly de Sá Carvalho (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) ; Hianny Ferreira Fernandes (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) ; Hygor Ferreira Fernandes (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) ; Ana Karine de Figueiredo Moreira (UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍUFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) |
Resumo Embora sejam organizadas, registradas e fiscalizadas pela administração local, a maioria das feiras livres apresentam inadequações que colocam em risco a saúde da população. As más práticas de higiene e manipulação favorecem a contaminação dos alimentos, o que confere um grande potencial para a disseminação de doenças, considerado portanto, um importante agravo à saúde pública. O presente trabalho objetivou caracterizar o perfil epidemiológico dos feirantes e identificar as condições higiênico-sanitárias dos equipamentos de trabalho, das práticas de manuseio e da qualidade dos produtos ofertados. No decorrer da pesquisa de campo realizada em duas feiras municipais em Parnaíba, Piauí, no período de janeiro de 2010, foi aplicado um formulário aos feirantes com questões abertas e fechadas, com seleção de amostra randomizada, contendo variáveis sobre dados sociopopulacionais, o nível de informação sobre higiene pessoal, conservação dos alimentos e doenças decorrentes das práticas de trabalho inadequadas, bem como solicitação de sugestões para a melhoria das condições laborais e dos estabelecimentos. Foram entrevistados 72 feirantes, dos quais 68,06% (n= 49) do sexo masculino e 31,94%(n=23) do sexo feminino, com faixa etária média de 44 anos, sendo que 54,89%(n=40) apresentavam ensino fundamental completo. Dos alimentos comercializados, 83,4%(n= 60) são de origem animal (carne bovina, suína e peixes) e 16,6%(n=12) de origem vegetal (frutas e verduras). Observou-se que 44,4%(n=32) dos produtos eram conservados em refrigeração adequada e 55,6%(n=40) mantidos em temperatura ambiente. Constatou-se também que 20,8%(n=15) permaneciam expostos por menos de 5 horas e 33,4%(n=24) de 5 a 24 horas. A ausência de infra-estrutura adequada à higiene pessoal e à refrigeração dos produtos vendidos, associada aos níveis de informação superficiais dos trabalhadores, parecem contribuir para a permanência de técnicas de manuseio impróprias e para a manutenção da precariedade das condições de saúde da comunidade em questão. Diante do exposto, foram desenvolvidas práticas de ensino em saúde pública da Universidade Federal do Piauí em parceria com a administração local dos serviços, a fim de promover a qualificação dos feirantes, através da implantação de medidas preventivas de higiene, diminuindo possíveis riscos de contaminação alimentar e consequente exposição da população a agentes infecciosos. Palavras-chave: contaminação de alimentos, saúde pública, trabalhador |