Resumo

Caracterização do problema: O período da adolescência é um momento de transição, em que o pensar, sentir e agir encontra-se em transformação, nele também importantes decisões são tomadas. Cabe ás Unidades de Saúde zelar pela saúde das pesssoas em sua área de atuação. A intersetoraliedade é um instrumento importante na busca deste objetivo, pois escola e Unidade básica desenvolvendo atividades de educação em saúde em conjunto podem auxiliar os adolescentes nesta etapa tão conturbada. Descrição da experiencia: A Escola Estadual Marechal Mallet, fica na área de atuação da Unidade de Saúde SESC/SSC/GHC. Ambas servem á uma comunidade carente, caracterizada por intenso trafico de drogas e elevada taxa de gravidez na adolescencia, localizada na zona leste de Porto Alegre. No ano 2000, a Agente Comunitária de Saúde estabeleceu um vínculo com a diretoria da escola e desde então ocorrem oficinas com os adolecentes, abordando temas relacionados ao autoconhecimento corporal, sexualidade, drogas, noções de higiene, saúde bucal, cidadania, mercado de trabalho, relacionamentos. Estas oficinas são dinâmicas e tem a participação ativa dos alunos e professores. Nelas são apresentados filmes, músicas, dramatização/teatro e contação de histórias. Existe também a “caixinha de segredos”, para que os adolescentem depositem suas dúvidas. Estas atividades são realizadas por toda a equipe, mas a agente de saúde está sempre presente e além de representar um vínculo escola/Unidade de Saúde, serve de referência para os adolecentes, sendo procurada em “situações de emergência”. Efeitos alcançados: O reconhecimento da atividade pelos professores e adesão satisfatória dos alunos, representada pela redução significativa do índice de gravidez na adolescência. Outro aspecto desenvolvido no projeto é a intersetorialidade, em que o setor saúde (U.S.SESC) estabelece uma parceria com o setor educação (E.E.M.M.), consolidando a co-responsabilização pela formação desses jovens, além de apoiar os professores a serem multiplicadores dos temas abordados. Longitudinalidade, e transdiciplinaridade são trabalhados, pois as oficinas são realizadas com a participação de educadores, agentes comunitários de saúde, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, médicos, odontólogos e acadêmicos, ao longo do ano e o aprendizado dos adolescentes acompanhado. Mas o mais importante é o vínculo, escola/adolecentes/unidade de saúde, estabelecido, pois todos os implicados sabem que podem contar um com o outro.