9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:383-2


Poster (Painel)
383-2Os desafios de ser facilitador no VER-SUS/UNISC
Autores:Gisele Santin (UNISC - Unuversidade de Santa Cruz do Sul) ; Juliana Tavares Ferreira (UNISC - Unuversidade de Santa Cruz do Sul) ; Cíntia Cristina Sulzbach (UNISC - Unuversidade de Santa Cruz do Sul) ; Débora Martins (UNISC - Unuversidade de Santa Cruz do Sul)

Resumo

O VER-SUS é um projeto que nasceu em 2001 no Rio Grande do Sul, na Escola de Saúde Pública, e em 2004 se transformou num projeto Nacional do Ministério da Saúde, chamado VER-SUS/Brasil. Atualmente ele não se constitui mais num projeto financiado pelo Ministério da Saúde. Fato que motivou os estudantes do Grupo de Estudos e Trabalhos em Saúde Coletiva (GETESC), juntamente com a Universidade de Santa Cruz do Sul e com as Secretarias Municipais de Saúde e Educação de Santa Cruz do Sul, a assumirem a autoria e o financiamento do mesmo. O VER-SUS/UNISC foi uma experiência de protagonismo estudantil vivido na sua radicalidade, pois os estudantes tomaram a frente desde sua elaboração até sua execução. Neste projeto, a figura de professor coordenador é substituída pelo professor de referência, a quem os estudantes recorrem para dar conta das questões institucionais que atravessam o projeto. São os próprios estudantes que autogestionam o trabalho, para isso, entra em cena a figura do estudante facilitador. A idéia de facilitador e não de coordenador, dá visibilidade a uma proposta de formação horizontal onde o estudante tem papel ativo e contribui para despertar o protagonismo de cada um no grupo através de iniciativas que visem a gestão e a transformação enquanto um coletivo que pensa a sua realidade. Os efeitos alcançados começaram a aparecer já durante a vivência quando alguns estagiários demonstravam interesse em discutir seu futuro plano de intervenção, quando manifestavam idéias para melhorar o andamento das atividades e da organização do próprio grupo e principalmente criou-se um espaço onde todos traziam as suas experiências e os seus conhecimentos para juntos aprendermos e refletirmos sobre a realidade da saúde pública no município. A partir dessa vivência podemos indicar que a figura do facilitador foi algo muito difícil de ser administrada tanto pelos estagiários quanto pelos próprios facilitadores porque é uma proposta inovadora que implica a todos no aprendizado e na gestão das atividades do grupo. Quando não existe uma relação hierárquica, a responsabilidade é de cada um e assim, é preciso a implicação de todos para que se aprenda e se avance nas discussões e reflexões que a vivência propicia. O facilitador é um mediador, ele é a referência para as questões de funcionamento e organização, mas não é quem irá cobrar a presença, o horário e sim, algo que o grupo irá discutir e trazer a todos para ser estabelecido os limites de convivência grupal.


Palavras-chave:  Protagonismo Estudantil, SUS, Facilitador