383-1 | Saúde Mental na Atenção Básica: acompanhamento do processo de construção de um trabalho de matriciamento através da pesquisa-intervenção | Autores: | Gisele Santin (UNISC - Unuversidade de Santa Cruz do Sul) ; Teresinha Eduardes Klafke (UNISC - Unuversidade de Santa Cruz do Sul) |
Resumo Pensando em como organizar o cuidado ao portador de sofrimento psíquico no âmbito do seu território, entendido por Lancetti e Amarante (2007) como um trabalho que se desenvolve no cotidiano da vida da cidade, nos bairros, nos locais onde as pessoas vivem, trabalham e se relacionam, é que a equipe de saúde mental do CAPS I da cidade de Lajeado-RS, tem procurado realizar um trabalho em conjunto com algumas Unidades Básicas de Saúde do município. Neste momento, está iniciando um trabalho de matriciamento em saúde mental com duas equipes de Estratégia de Saúde da Família, a ESF Conservas e ESF Santo Antônio. A pesquisa, realizada no Estágio Integrado em Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, tem como objetivos acompanhar o processo de constituição de um trabalho de Matriciamento em Saúde Mental entre as equipes da Estratégia de Saúde da Família Santo Antônio e do CAPS I; fomentar a reflexão sobre como vem se constituindo o Apoio Matricial entre o CAPS I e a Estratégia de Saúde da Família; realizar levantamento de dados sobre as expectativas em relação ao matriciamento em saúde mental com as equipes envolvidas neste processo; definir, com as equipes, os analisadores a serem considerados na construção do Matriciamento em Saúde Mental e planejar ações conjuntas visando a facilitação do processo de Matriciamento. Optou-se pela metodologia de pesquisa-intervenção, uma estratégia de pesquisa participativa, onde o pesquisador não atua somente como observador do objeto de estudo, mas sim, implica-se ativamente ao seu campo de pesquisa. Este trabalho ainda encontra-se em execução, mas alguns dados importantes já puderam ser levantados, como: para a equipe da ESF, a principal contribuição que o matriciamento oferece é a facilitação do vínculo da equipe com o usuário; tanto a equipe da ESF quanto a do CAPS, reconhecem que a troca constante de profissionais na ESF e a dificuldade de um trabalho em rede intersetorial são um problema para se alcançar uma atenção integral ao usuário. Com os resultados parciais algumas mudanças já puderam ser implementadas na dinâmica do trabalho entre as equipes de forma a facilitar e qualificar esse processo. Assim, o trabalho de matriciamento entre uma equipe de saúde mental e uma unidade básica de saúde, constitui um dispositivo estratégico para efetivação de um trabalho em rede, tendo como meta, o atendimento integral aos sujeitos usuários dos serviços. Palavras-chave: Matriciamento, Saúde Mental, Atenção Básica |