374-1 | APOIO MATRICIAL EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA RETAGUARDA POSSÍVEL? | Autores: | Aline Barreto de Almeida (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Giovanni Gurgel Aciole (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) |
Resumo Introdução: A gestão do cuidado na Estratégia de Saúde da Família utiliza a metodologia de equipes de referência e apoio matricial, especificamente nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), como forma de ampliar a realização do cuidado integral sob a integração dialógica entre distintas especialidades e profissões. Objetivo: Com este estudo, objetivamos identificar evidências de articulação entre as equipes de apoio matricial e referência em Unidades de Saúde da Família, no município de São Carlos-SP, no contexto da reformulação do modelo assistencial em implantação no município. Método: Estudo qualitativo, de caráter exploratório e de processo. Realizamos análise documental, entrevistas semi-estruturadas e grupo focal com as equipes mínimas de saúde, os apoiadores e a gestão da atenção básica. Para organização do material coletado utilizamos a técnica de triangulação dos dados, com a qual chegamos a quatro categoriais: integralidade, cuidado, interdisciplinaridade e apoio matricial. A análise dos dados foi realizada a partir da aproximação da abordagem hermenêutica-dialética. Resultados: No trabalho em equipe, os enfrentamentos e as soluções foram processuais e diferenciadas em cada grupo, provocando interpretações e formas de atuação distintas em relação ao usuário no serviço. A dicotomia entre praticar a assistência e apoiar a equipe imobilizou, em alguns casos, uma ampliação do cuidado da família. Foi presente o desconhecimento recíproco de como seria realizada essa atuação, além do agravante do desconhecimento do papel de cada profissão na Atenção Primária, fato que permitiu às equipes não conseguirem dialogar e definir um plano de trabalho conjunto. Algumas equipes demonstraram ganhos, mas em sua maioria, ainda estão se ajustando após um ano e meio da presença dos apoiadores. Conclusão: A inserção do apoio matricial apresenta limites e potências. Há problemas de entendimento da proposta, da predominância biologicista e curativa e dos próprios limites em relação a não-resolução completa dos problemas da população. Ao mesmo tempo, a integração entre os profissionais possibilita pactuações conjuntas, o trabalho interdisciplinar e a construção de projetos terapêuticos comuns. Palavras-chave: atenção à saúde, cuidados integrais de saúde, saúde da família |