Resumo

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA:O grande desafio de ações e programas do Sistema Único de Saúde é a implementação das propostas não apenas como uma normativa imposta hierárquicamente. Acredita - se que os sujeitos envolvidos no processo devam estar mobilizados para a transformação da realidade e abertos para a interação com os usuários. Portanto é indispensável apontar caminhos para uma nova maneira de entender e sentir a realidade, não priorizando apenas o tecnicismo, mas propondo um cuidado humanizado. Compreendemos que a Universidade possui compromisso com a comunidade e assim, propomos a realização de atividade de extensão em uma instituição de saúde que tem como maior parte de seu público usuários do Sistema Único de Saúde. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Esta experiência foi realizada em parceria com o departamento de Educação Continuada de um hospital da fronteira oeste do Rio Grande do Sul,de outubro a dezembro de 2009. Participaram trabalhadores de diferentes áreas de formação e atuação no hospital. A principal finalidade do projeto foi articular ações de educação sobre a Política Nacional de Humanização, usando como metodologia discussões em grupo com a problematização do tema, garantindo a troca de concepções. Os coordenadores foram apeanas mediadores das discuções, fomentando a tomada de decisões dos participantes. EFEITOS ALCANÇADOS: Ao término das discussões foram identificados quatro eixos temáticos:″O estresse diário torna as ações mecanizadas″,″O déficit de comunicação entre os setores reflete no atendedimento aos usuários″,″As relações interpessoais entre os trabalhadores e seus familiares pode ser afetada pelas situações vivenciadas no serviço″,″Déficit de informações para trabalhadores sobre as normas e rotinas da instituição″. A partir dos eixos temáticos os trabalhadores elencaram estratégias direcionadas principalmente para sensibilização e divulgação de informações entre os usuários internos e externos. RECOMENDAÇÕES: A humanização dos serviços de saúde independe de recursos finaceiros, requer mudança de atitudes e principalmente o resgate da ética nas relações interpessoais. A criação de espaços para o diálogo é o início da construção deste novo agir. Assim sendo, acreditamos que as discussões em grupo fundamentadas na educação dos participentes oportunizam que os trabalhadores se posicionem como protagonistas da humanização nos serviços de saúde, criando fontes alternativas de solução.