9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:366-2



366-2TRABALHO EM EQUIPE, INTEGRALIDADE E A FORMAÇÃO MÉDICA
Autores:Ricardo Mitoso Alho (ISB/UFAM - Instituto de Saúde e Biotecnologia/UFAM) ; Thiago de Oliveira Pires (GETTS/UFSC - Grupo de Estudos do trabalho e trabalhadores de Saúde/UFSC) ; Lucas Mello Pioner (GETTS/UFSC - Grupo de Estudos do trabalho e trabalhadores de Saúde/UFSC) ; Maria Helena Machado (ENSP - Escola Nacional de Saúde Pública) ; Sônia Maria Vilela Bueno (EERP/USP - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP) ; Rodrigo Otávio Moretti-pires (GETTS/UFSC - Grupo de Estudos do trabalho e trabalhadores de Saúde/UFSC)

Resumo

Dentre os princípios do SUS, o da integralidade é aquele que melhor representa a ruptura com o hegemônico modelo biomédico, tradicionalmente fragmentador. Este estudo investigou a percepção de alunos finalistas do curso de Medicina de uma Universidade Federal da Região Norte sobre sua formação para atuação para a integralidade. Pesquisa qualitativa, utilizando de grupos focais e entrevistas individuais semi-estruturadas, procedeu-se à análise do material empírico oriundo de trinta e dois acadêmicos, por hermenêutica dialética. Os resultados explicitam as lacunas e dilemas desse complexo processo de ensino-aprendizagem médico universitário brasileiro, com particular destaque para a carência de disciplinas voltadas à humanização e ao trabalho em equipe. Conclui-se que para que a ESF logre êxito como re-orientadora do modelo de atenção à saúde no país, faz-se necessário antes uma ruptura epistemológica no ensino acadêmico da Medicina, que ainda se mostra francamente biologicista, hospitalocêntrico, fragmentado, e, o que é pior, fragmentador.


Palavras-chave:  Integralidade, Curriculo Médico, Amazonas