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350-1 | PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA: A EMERGÊNCIA DE NOVAS TECNOLOGIAS | Autores: | Daniella Guimarães de Araújo (ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA) ; Marilene Barros de Melo (ESP/MG - Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais) ; Francisco Cecílio Viana (ESP/MG - Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais) ; Max André Santos (NESCON/UFMG - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM SAUDE COLETIVA) ; Luiz Carlos Brant Carneiro (FUNEDI - Fundação Educacional de Divinópolis) |
Resumo A implantação do Plano Diretor de Vigilância Sanitária – PDVISA no âmbito de um município de médio porte num Estado da Região Sudeste do País, estimulou a inserção de uma pesquisa-ação. Método que visa uma melhor compreensão dos processos vividos e para isso associou-se quatro tecnologias, não usuais em pesquisa ou no processo de trabalho. Essas buscaram apreender o que nascia dos múltiplos olhares atentos às situações e às diversas ações coletivas desenvolvidas em prol do campo da vigilância sanitária. Foram caracterizadas como tais, devido terem assumido a posição de produtos da pesquisa e de instrumentos para a coleta de informações, contribuindo para a consolidação do estudo. Este trabalho, tem como objetivo analisar essas tecnologias e suas possíveis articulações com os princípios do Sistema Único de Saúde – SUS. Ficou evidente a possibilidade que a modalidade de pesquisa-ação propiciou uma abordagem mais interativa, a partir de espaços de reflexão e ação coletiva. Situação que favoreceu um melhor conhecimento do contexto social em VISA, bem como, a transformação da sua realidade. A primeira tecnologia foi denominada de Histórias da VISA real, introduziu a técnica de contar histórias baseada nas experiências vividas pelos trabalhadores. Partindo das histórias que revelaram o desconhecimento da população sobre a VISA e a fragilidade inerente à complexidade de seus objetos de cuidado, um percurso criativo foi emergindo de um conjunto de sujeitos, que tinham suas ações centradalizadas na mobilidade das inspeções sanitárias e na imobilidade de seus diagnósticos. A segunda, o seminário Vigilância Sanitária, integralidade e mobilização social, favoreceu a inclusão da comunidade e setor regulado em discussões sobre a integralidade e mobilização social. A terceira, o projeto VISAMAIS, buscou ações educacionais com setores da comunidade. E, a quarta, foi a recepção da Mostra cultural VISA e Cidadania do CECOVISA/FIOCRUZ, que se configurou como uma estratégia de aproximar a comunidade das ações em VISA. Estratégias, que a partir do fazer cotidiano em VISA ampliaram a capacidade de respostas aos problemas de saúde a partir das múltiplas vozes que a compõe. À luz das quatro tecnologias apresentadas pode-se vivenciar a fundamentalidade da participação social, o reconhecimento da importância do envolvimento dos diversos sujeitos no cuidado em saúde e da VISA como constitutiva do campo da saúde. Palavras-chave: Participação Social, Tecnologia de Pesquisa, Vigilância Sanitária |