341-3 | A INSERÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA ATENÇÃO BÁSICA (AB): A EXPERIÊNCIA DA RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE (RMSFC) DA UFPB/SMSJP
| Autores: | Ana Ruth Barbosa de Sousa (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Geraldo Eduardo Guedes de Brito (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Daniele Ferreira Rodrigues (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Suênia Xavier Gonçalves (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Luiz Carlos Nunes Vieira de Vieira (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Meirhuska Mariz Meira (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Yanik Carla Araújo de Oliveira (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Lincoln Costa Valença (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo A RMSFC objetiva uma formação em serviço comprometida com o SUS no âmbito da AB. Os residentes estão inseridos nas Equipes de Saúde da Família (ESF), desenvolvendo atividades multiprofissionais individuais e coletivas, sem deixar de realizar as ações de cada núcleo profissional, visando à promoção, prevenção e recuperação da saúde. Aqui são relatadas as experiências da Fisioterapia junto às ESF durante os meses iniciais da RMSFC, as quais foram planejadas respeitando as necessidades dos territórios onde os 4 residentes fisioterapeutas estão atuando. Na assistência individual ocorreram predominantemente visitas domiciliares, além de consultas na Unidade de Saúde da Família (USF) para avaliação, atendimento, acompanhamento e orientações. Estas se deram através de pactuação com as ESF, a partir de critérios que direcionam o tipo de intervenção a ser realizada, definidos pelas discussões do núcleo. Ocorreram ainda interconsultas dentro das linhas de cuidado (puericultura, hiperdia, pré-natal, etc). Nas atividades coletivas destacou-se a participação nos grupos existentes nas USF (idosos, gestantes, mães, hiperdia e planejamento familiar). Outros grupos nasceram da parceria dos residentes com as ESF (saúde do trabalhador, transtornos de ansiedade e de jovens). Tal participação envolveu o planejamento conjunto das atividades e a facilitação e condução da dinâmica. Ações de Educação Permanente com as ESF foram feitas visando instrumentalizá-las quanto à contribuição da Fisioterapia na AB, visto que se percebeu a representação reabilitadora do fisioterapeuta. Todas as atividades buscaram desenvolver as atribuições do núcleo em uma perspectiva de trabalho multiprofissional que promovesse assistência integral aos usuários. Os desafios percebidos neste período foram a dificuldade de diálogo com trabalhadores e a reorganização do processo de trabalho a partir da introdução de novos atores. Outro aspecto foi a alta demanda reprimida para a rede de serviços especializados de Fisioterapia que se encontra incipiente e desarticulada. Recomenda-se a ampliação do debate das habilidades/competências do fisioterapeuta na AB, já que este não está inserido na equipe mínima e não possui um referencial na Política de Saúde para pautar sua atuação. Outra reflexão é a forma de organização da Fisioterapia nos demais níveis de atenção, uma vez que a presença deste profissional na AB não exclui o compromisso com a devida articulação da rede. Palavras-chave: fisioterapia, atenção básica, residencia multiprofissional |