9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:325-1



325-1A QUALIFICAÇÃO DOS ACS: VISÕES SOBRE A FORMAÇÃO
Autores:Anna Violeta R. Durão (EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÃNCIO) ; Filippina Chinelli (EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÃNCIO) ; Marcia Raposo Lopes (EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÃNCIO) ; Monica Vieira (EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÃNCIO) ; Marcia Valéria Morosini (EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÃNCIO) ; Valéria Carvalho (EPSJV - ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÃNCIO)

Resumo

Este trabalho é parte da pesquisa “Políticas de Trabalho em Saúde e a Qualificação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS): dinâmica e determinantes” desenvolvida pela Estação Observatório dos Técnicos** que visa analisar os direcionamentos e embates presentes na política de qualificação dos ACS . Compreendendo que o conceito de qualificação se constitui em campo de disputa entre concepções de trabalho, saúde e formação profissional, o artigo trata das diversas percepções sobre a formação técnica presentes nos discursos dos gestores da política. Além da pesquisa teórica sobre o tema, realizaram-se entrevistas de caráter eminentemente qualitativas com os principais formuladores da política e de sua implementação. Tanto na discussão teórica sobre a formação dos ACS, quanto na visão dos entrevistados, ganhou relevo o debate sobre o seu papel de elo entre as políticas de Estado e a comunidade. No que diz respeito à formação técnica constatou-se que esse papel de mediador dado aos agentes, traz para dentro do próprio Estado visões contraditórias sobre a necessidade de se garantir a sua formação. Ganharam ênfase na análise as seguintes argumentações: a formação técnica como possibilidade de se alcançar a integralidade do atendimento; a formação técnica como risco de rompimento com a cultura local; a necessidade de se garantir uma formação, mas sem configurar esses trabalhadores como profissionais da saúde; entre outras questões ligadas a essas. Enfim, problematiza-se como a percepção dos gestores conforma a prática destes profissionais, tendo repercussões na configuração da Estratégia da Saúde da Família. Assim, acredita-se que este trabalho possibilita uma maior compreensão do debate sobre a formação dos agentes, uma vez que aponta as similaridades/contradições que estão presentes entre a formulação da política e a realidade concreta na qual ela se solidifica.


Palavras-chave:  AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE, FORMAÇÃO TÉCNICA, QUALIFICAÇÃO