Resumo

Objetivo Analisar a percepção de mães/responsáveis sobre o estado nutricional e a influência dos hábitos cotidianos no sobrepeso e obesidade de crianças entre 5 e 9 anos cadastradas em uma Unidade de Saúde de Família. Métodos Medidas antropométricas (peso e estatura) foram medidas em 196 crianças de 5 a 9 anos das áreas 45 e 46 da Unidade de Saúde da Família (USF) Santa Helena, no município de Lages-SC. Foram incluídas no estudo as crianças classificadas como sobrepeso e obesas, definidas assim, através do índice de massa corporal ≥ aos percentis 85 e 95 para idade e sexo, respectivamente. Os hábitos cotidianos relacionados a consumo alimentar, atividade física e tempo em frente à TV e a percepção do estado nutricional das crianças foram avaliados por questionário aplicado às mães ou principal cuidador da criança. Para a organização dos dados, foi criado um banco de dados, no pacote estatístico Epi-Info 6.04. A análise estatística simples foi realizada no mesmo programa, a partir das variáveis estudadas, através da distribuição das freqüências e do cálculo da prevalência. Resultados Os resultados do presente estudo demonstraram uma prevalência de 11,22% de sobrepeso e obesidade, na população escolhida, ainda que haja atividade física suficiente coexistem a esta prevalência um alto tempo de sedentarismo com atividade dedicada à televisão, computador e/ou vídeo game e baixa ingesta, das mães/responsáveis e das crianças, de frutas, verduras e legumes cozidos. Na análise, da percepção das mães/responsáveis, frente ao estado nutricional das crianças, 62% foram adequadas. Conclusões Conclui-se que a prevalência de sobrepeso e obesidade demonstrada neste estudo assemelha-se a outros estudos. Os aspectos relativos a hábitos cotidianos e à perceção sobre o estado nutricional das crianças por familiares devem ser trabalhados nos serviços de saúde a partir da atenção básica.