9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:319-1


Poster (Painel)
319-1HiperDia: da Proposta a Uma Análise Crítica dos Dados do Programa no Município de Uruguaiana/RS.
Autores:Maiana Pinheiro dos Santos (UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa) ; Naiana Oliveira dos Santos (UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa) ; Vilma Constancia Fioravante dos Santos (UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa) ; Adriana Roese (UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa)

Resumo

O Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HiperDia) surgiu em 2002 propondo cadastrar e acompanhar usuários com Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial (HA), pois 65% do total de óbitos que ocorre na faixa etária de 30 a 69 anos refere-se a estes agravos (BRASIL, 2001). O HiperDia monitora os usuários e garante o recebimento da medicação, permite traçar o perfil epidemiológico e formular novas estratégias de Saúde Pública. Este estudo objetiva identificar a faixa etária e o sexo com maior número de cadastrados e acompanhados pelo HiperDia. O presente estudo é de natureza epidemiológica e transversal. A coleta de dados secundários referentes às taxas de Diabéticos e Hipertensos cadastrados e acompanhados pelo HiperDia foi realizada na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde. Elegeu-se o município de Uruguaiana/RS, por estar implantada a Universidade Federal do Pampa e pela contribuição que esta pode dar a comunidade. Optou-se por estudar as taxas totais e por sexo dos usuários monitorados pelo HiperDia. A faixa temporal foi de sete anos (set/2002 a set/ 2008), a coleta de dados deu-se no dia 12 de setembro de 2009. A partir dos dados analisou-se que a faixa etária de 30 a 69 anos compreende o maior número de cadastrados e acompanhados pelo HiperDia. Subentendendo-se assim, que estes são os mais acometidos por DM e HA. Dentre os sexos, as mulheres são as mais atingidas. Avalia-se que a prevalência de diabéticos no Brasil seja de 7,6%, de 30 a 69 anos, entre os anos de 1986-1988, (BRASIL, 2001), e de HA de 27,1% na Região Sul (Passos, 2006). Estima-se que a população de Uruguaiana seja de 123.743, (IBGE, 2007), onde possivelmente 9.404 seriam diabéticos e 33.534 hipertensos, de acordo com as porcentagens citadas. Porém na base de dados, encontram-se cadastrados 198 diabéticos e 6.248 hipertensos, assim questiona-se o porquê da diferença entre as taxas epidemiológicas e as cadastradas. Sugestiona-se que pode estar relacionado à fidedignidade da coleta e registro dos dados e também a falhas no acesso dos usuários ao sistema. O sexo feminino é o mais prevalente, provavelmente porque as mulheres acessam mais os serviços de saúde. As altas taxas de DM e HA denotam a necessidade de um programa eficaz com maior fidedignidade dos dados, além de possibilitar a atualização da prevalência destas doenças e oferecer melhor qualidade de vida e maior abrangência aos usuários.


Palavras-chave:  HiperDia, Usuários, Saúde Pública