9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:310-2


Poster (Painel)
310-2ENSINO DE MEDICINA E SAÚDE NO BRASIL: UM PANORAMA NA ÚLTIMA DÉCADA
Autores:Cristina Maria Rabelais Duarte (FMP-FASE - Faculdade Medicina Petrópolis-Faculdade Arthur Sá Earp Neto) ; Hudson Leandro Lara (FMP-FASE - Faculdade Medicina Petrópolis-Faculdade Arthur Sá Earp Neto) ; Mayara Mesquita de Simas (FMP-FASE - Faculdade Medicina Petrópolis-Faculdade Arthur Sá Earp Neto) ; Farlley Gomes Silveira da Silva (FMP-FASE - Faculdade Medicina Petrópolis-Faculdade Arthur Sá Earp Neto) ; Fabiana Tomazeli Pozzobom (FMP-FASE - Faculdade Medicina Petrópolis-Faculdade Arthur Sá Earp Neto)

Resumo

INTRODUÇÃO É consenso que o acesso à Educação é condição para o desenvolvimento social de um país. ademais, avaliar o ensino superior na área de saúde fornece subsídios para políticas públicas que objetivem a melhoria das condições de vida da população. O presente trabalho faz parte de um projeto de pesquisa iniciado em 2009, que visa determinar a tendência e perfil dos cursos superiores na área de saúde no Brasil, segundo área geográfica, considerando aspectos relacionados às instituições, corpo docente e discente. Pretende contribuir para a definição de políticas de recursos humanos nesta área e para a definição de políticas educacionais que visem à ampliação do acesso da população ao ensino superior. OBJETIVOS Traçar um panorama da evolução do ensino superior em Medicina, entre 1991 e 2004 e definir seu perfil no ano de 2004. MÉTODOS Foram utilizados como fontes de dados os censos da Educação Superior e estatísticas especiais produzidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP/MEC. O ritmo de crescimento do ensino entre 1991 e 2004 foi calculado através de regressão linear simples, antes e após a promulgação, em 1996, das Novas Diretrizes Básicas da Educação (NLDB). O perfil foi definido segundo distribuição geográfica dos cursos, composição por idade e sexo dos egressos e titulação do corpo docente. RESULTADOS Até 1960 existiam 26 cursos de Medicina no Brasil. Em 1995, ano anterior à NLDB, existiam 85 cursos e, em 2004, 140, representando um crescimento de 65%. Comportamento similar ocorreu na área de saúde: Entre 1991 e 1996 e entre 1997 e 2004, os ritmos de crescimento foram respectivamente de 42 e de 280 novos cursos ao ano. Aproximadamente metade dos cursos de saúde (51%) e de Medicina (48%) está concentrada na Região Sudeste. A maioria dos ingressantes é de mulheres e tem até 24 anos. O curso de Medicina conta com 36% de doutores e 27% de mestres, em comparação com 27% de doutores e 35% de mestres para a área de saúde. CONCLUSÃO A NLDB foi grande impulsionadora da criação de novos cursos. Apesar do crescimento em todas as regiões, os cursos continuam concentrados no Sudeste. Os docentes de medicina aprentam titulação expressiva em relação aos cursos de saúde e seus integressantes são principalmente mulheres, entre 20 e 24 anos.


Palavras-chave:  Ensino de Medicina, Ensino de Saúde, Políticas de recursos humanos