9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:274-1



274-1Os desafios do processo de Educação Permanente em Saúde em uma Unidade de Saúde da Família
Autores:Danieli Aparecida dos Santos (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Adriano Fagundes da Silva (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ana Paula Silveira Lima (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Juliana Aparecida Alves (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Regiane Silva Amorim (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A educação para o trabalho em saúde constitui-se como eixo fundamental no SUS, sendo regulamentado pela Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS). Considerando as características loco-regionais, tal processo formativo se efetiva de forma diferenciada em cada Unidade de Saúde da Família (USF). A Educação Permanente em Saúde (EPS), para equipes da estratégia Saúde da Família na USF analisada, constitui-se num hiato entre o preconizado na PNEPS e o efetivado. Definida em cronograma anual pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ocorre em encontros mensais, com duração de 03 horas, no qual a USF permanece fechada. Embora destinada à todos os profissionais, a participação é facultativa àqueles que atuam em período contrário ao de sua realização. Devido à inadequação da estrutura física, como a ausência de sala de reuniões, os encontros da EPS ocorrem na recepção da USF, e sua estruturação envolve o repasse de informações gerais pela equipe de coordenação, seguida de discussões pertinentes à organização dos atendimentos à demanda. O processo de EPS constitui-se como uma reunião geral de equipe, para discussão, sugestão e críticas à organização dos serviços, deixando, portanto, de corresponder à caracterização da EPS como um processo de formação continuada. A inserção de residentes multiprofissionais em saúde da família (RMSF) na USF e a identificação de tais questões os instigou a promover a reapropriação da EPS como lugar de formação e a construção de novos espaços para discussão de assuntos referentes à organização da demanda. A equipe de RMSF passou a disparar, junto aos profissionais, questionamentos acerca de tal problemática, através de dinâmicas de grupos e reflexões do processo de trabalho, da integração da equipe e da importância da formação para a efetividade do trabalho em saúde. Percebeu-se o aprofundamento do conhecimento acerca da EPS pelos profissionais, além de reflexões sobre a efetivação de tal formação e a proposição de oficinas temáticas sobre saúde do trabalhador e processos de trabalho no SUS. Percebe-se assim que reavaliar as práticas de formação e educação na atenção básica constitui-se num desafio constante, que envolve o ato de qualificar o discurso dos profissionais, validar suas demandas, aproximar gestores, profissionais e usuários, promover a responsabilidade e o comprometimento de toda equipe na construção de uma política pública pautada em princípios de cidadania e equidade.


Palavras-chave:  Educação Permanente em Saúde, Unidade de Saúde da Família, Desafios