9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:273-3


Poster (Painel)
273-3OCORRÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA QUEDA EM IDOSOS: DESAFIOS DA EDUCAÇÃO EM UMA COMUNIDADE DE FORTALEZA – CE
Autores:Rodolfo Cavalcante Aragão (UNIFOR - Universidade de Fortaleza) ; Eluciene Maria Santos Carvalho (UNIFOR - Universidade de FortalezaUNIFOR - Universidade de Fortaleza) ; Ana Karine de Figueiredo Moreira (UFPI - Universidade Federal do PiauiUNIFOR - Universidade de FortalezaUFPI - Universidade Federal do Piaui)

Resumo

Introdução: A transição epidemiológica é um fenômeno mundial observado desde o final do século XIX, evidenciando o aumento da população acima de 60 anos. No Brasil,a partir da segunda metade do século XX, o aumento de 70% da população de idosos entre os anos de 1950 e 2000,determinou sobrecarga no setor previdenciário, aumentando a demanda nos serviços sociais e de saúde. As repercussões do envelhecimento podem predispor a distúrbios no equilíbrio e na marcha dos idosos, que por sua vez podem acarretar o evento da queda. A queda pode ser considerada um evento sentinela na vida de uma pessoa idosa, um marcador potencial do início de um importante declínio da função ou um sintoma de uma patologia nova. Seu número aumenta com a idade, em ambos os sexos, e em todos os grupos étnicos, havendo influencia do nível educacional e sócio-economico do grupo em questão. Objetivo: Caracterizar idosos vítimas de quedas e identificar os fatores de risco associados a tal evento. Materiais e Métodos: Participaram da pesquisas vinte idosos residentes na Comunidade do Dendê, localizada na periferia de Fortaleza-CE, no período de julho a dezembro de 2009. Foram excluídos os idosos que não possuíam nível cognitivo adequado para responder o questionário e/ou cuidadores que pudessem fazê-lo. Os dados foram coletados com um questionário sobre quedas, adaptado de um estudo maior. Resultados: Os idosos em estudo eram analfabetos, apresentavam bom estado de saúde, mesmo sem praticar atividades físicas, usavam óculos com melhora da visão, tinham boa audição, a maioria fazia uso de medicamentos com receita médica e dez apresentaram quedas no último ano. Houve predomínio da ocorrência de quedas no período da tarde, em piso seco, sete pessoas estavam com chinelo de sola de borracha; em seis dos casos não existiam degraus, em sete não havia rampas, em apenas dois casos havia corrimão e em todos os casos houve boa iluminação. Conclusão: Os locais de quedas, segundo relato dos idosos, estavam em boas condições físicas para a deambulação. Fatores como o psíquico e o próprio envelhecimento podem interferir no desfecho das quedas. Os idosos com maior tendência a cair apresentaram disfunções relacionadas ao fator psicológico e cognitivo, à fragilidade da musculatura postural e às doenças reumáticas presentes, sendo portanto, necessária a intervenção preventiva e a adaptação do processo educativo direcionado ao idoso para a preservação de suas funções vitais, qualidade de vida e bem estar.


Palavras-chave:  Acidente por queda, Educação, Idoso