Poster (Painel)
273-1 | EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DO TRABALHADOR NO CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS CONTAMINADOS NAS FEIRAS DA CIDADE DE PARNAÍBA,PIAUÍ. | Autores: | Maria Adelaide Guimarães (UFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Paulinne Junqueira Silva Andresen Strini (UFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Marcelo Carvalho Filgueiras (UFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Ana Karine de Figueiredo Moreira (UFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do PiauíUFPI - Universidade Federal do Piauí) |
Resumo As doenças provocadas pelo consumo de alimentos ou Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) ocorrem quando microorganismos prejudiciais à saúde ou substâncias tóxicas são transmitidas ao homem pela falta de higiene pessoal adequada no manuseio dos produtos alimentares que serão vendidos,sendo um desafio à gestão setorial de vigilância sanitária na promoção à saúde do trabalhador e da população consumidora nas feiras e mercados públicos. O estudo objetivou caracterizar os feirantes, identificar as condições higiênico-sanitárias de suas práticas pessoais e de manipulação dos produtos e seus conhecimentos sobre as DTA. Tratou-se de uma pesquisa de campo realizada em uma feira municipal em Parnaíba, Piauí, no período de fevereiro de 2010. Os dados foram coletados por meio de um formulário com questões abertas e fechadas, contendo variáveis sobre dados sócio-populacionais, nível de informação sobre higiene pessoal, conservação dos alimentos e doenças decorrentes das práticas inadequadas. A amostra abrangeu 90 feirantes, selecionados aleatoriamente, dos quais 40%(n=40) eram do sexo feminino e 60% (n=50) do sexo masculino,faixa etária média de 46 anos; predominância de 70% (n=60) com ensino fundamental incompleto e renda mensal de até dois salários mínimos.Questionados sobre higiene,relataram negligência na lavagem das mãos no manuseio dos produtos, sendo justificado por 50%(n=45) da amostra pela ausência de infra-estrutura adequada no local e falta de tempo hábil para se deslocar durante a jornada de trabalho. Sobre a contaminação dos alimentos, 43%(n=39) desconheciam a relação entre a permanência de produtos perecíveis em temperatura ambiente com a proliferação de microorganismos patogênicos e 52% (n= 47) afirmou não haver relação entre os sintomas de DTA (diarréia,vômito, cólica, náusea e febre) com o consumo de tais produtos comercializados.Percebe-se a superficialidade do nível de informação desses trabalhadores sobre medidas preventivas sanitárias, havendo provável relação entre o comportamento de risco e o saber elementar e fragmentado, sendo necessária uma maior atenção à qualificação dos trabalhadores pela educação permanente em vigilância sanitária, articulando o saber popular da comunidade às estratégias de educação em saúde do meio acadêmico e da gestão municipal,com ações educativas aos feirantes sobre suas responsabilidades na preservação da saúde dos consumidores, visando à melhoria dos serviços e da qualidade de vida da população em questão. Palavras-chave: Educação, Doenças transmitidas por alimentos, Saúde do trabalhador |