9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:266-2


Poster (Painel)
266-2A enfermagem na promoção da qualidade de vida e autocuidado do transplantado renal, fundamentada na teoria de Dorothea Orem
Autores:Tania Maria Ascari (UNOCHAPECÒ - Universidade Comunitária da Região Oeste de Chapecó) ; Natieli Klein (UNOCHAPECÒ - Universidade Comunitária da Região Oeste de Chapecó) ; Adriana Aurea Correia de Moura (UNOCHAPECÒ - Universidade Comunitária da Região Oeste de Chapecó)

Resumo

A educação do paciente tem como objetivo maior o seu engajamento no autocuidado, aderindo ao esquema terapêutico e preventivo, a fim de que ele atinja o melhor nível de saúde, conseqüentemente, a melhor qualidade de vida possível (GILES, 1998). Este Trabalho é resultado de uma prática assistencial de enfermagem desenvolvida com 21 transplantados renais residentes em Chapecó (SC), no primeiro semestre de 2008. Foram implementadas estratégias e ações, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e bem-estar do transplantado renal, tornando-o um sujeito autônomo, capacitado para o autocuidado e agente multiplicador das ações educativas. Realizaram-se consultas de enfermagem individuais, visitas domiciliares, oficinas e palestras com equipe multiprofissional. A prática foi respaldada pelos preceitos da Teoria do Autocuidado de Dorothéa Orem, com a utilização dos requisitos de autocuidado na identificação dos diagnósticos de enfermagem, e as prescrições dos cuidados foram norteadas pelo sistema apoio-educativo. Inicialmente, identificaram-se quatorze diagnósticos de enfermagem nos transplantados. No entanto, a maioria dos pacientes adquiriu habilidades para o autocuidado e reduziu consideravelmente o número de diagnósticos no decorrer do acompanhamento. Este comportamento é evidenciado com destaque logo a partir da segunda consulta, quando se observou que nenhum paciente tinha o Perfil de Engajamento no Autocuidado (PEAc) <39, que é considerado mau, e este variou de regular em 1 transplantado (4,7%), bom em 12 (57,1%), e os demais (38%) de excelente. Na terceira consulta 21,4 % dos transplantados tinham o perfil bom e a maioria (75%) alcançou o PEAc excelente. Os transplantados engajaram-se nas ações de autocuidado propostos e tornaram o seu estilo de vida mais saudável, desenvolvendo habilidades e tornando-se agentes de autocuidado. Estas ações realizadas são correspondentes, de acordo com Orem, à demanda de autocuidado terapêutico e, como resultado, houve uma melhora do nível de saúde, através da aprendizagem. Ressalta-se que o embasamento científico na teoria de Orem para a tomada de decisões foi importante no direcionamento do plano de cuidados ao transplantado renal, o que despertou o interesse para a constante busca de evidências científicas, de forma a fazer com que o cuidar em enfermagem seja cada vez mais científico, mas não menos humano, integral e responsável.


Palavras-chave:  Transplante, Qualidade de vida, Autocuidado