9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:264-1



264-1AVANÇOS E DESAFIOS: A INSERÇÃO DO PROFISSIONAL BIÓLOGO NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE
Autores:Tatiane Muniz Barbosa (UNIPLAC - Universidade do Planalto Catarinense) ; Filipi Vieira Amorim (UNIPLAC - Universidade do Planalto Catarinense)

Resumo

Em março de 2009, foi implantado na UNIPLAC, em parceria com a SMS de Lages-SC, o curso de especialização Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC), a fim de colocar em prática o modelo de saúde em defesa da vida em consonância com os princípios e diretrizes do SUS. As áreas específicas da referida RMSFC são Enfermagem, Psicologia, Odontologia e Serviço Social. Ou seja, contempla profissionais da saúde de alguns dos cursos oferecidos pela Universidade e das funções existentes na SMS, mas há possibilidade de inserção de outras profissões da saúde também indispensáveis. Dessa forma, o presente trabalho busca refletir sobre a inserção de biólogos na RMSFC e, assim, sensibilizar para avanços tão necessários nas práticas de diálogos entre diferentes saberes e fazeres. Sobretudo, quando a formação acadêmica em saúde passa a exigir uma “nova” ética, pré-ocupada com a convivência coletiva, em espaços de solidariedade, qualidade de vida e saúde. As Diretrizes Curriculares Nacionais (2001) direcionam a formação de biólogos como “generalistas e críticos; conscientes da atuação nas políticas de saúde e na gestão ambiental, inclusive na formulação de políticas públicas”. Portanto, em termos legais, os graduados em Biologia estão (ou deveriam estar) voltados para tal proposta de cuidado em saúde multiprofissional. Mas, então, o que “segura” a inserção do saber ambiental como fator interdisciplinar de saúde? Essa pergunta nos leva a pensar sobre a degradação do meio ambiente como fator da deterioração das condições sociais de vida em que se produzem novas epidemias e doenças. A atuação do biólogo, na dimensão de interdisciplinaridade, diz respeito à destinação correta de resíduos hospitalares, à prevenção e promoção da saúde em relação à sexualidade humana, à adequação do saneamento básico, à aplicação do PPDU, à identificação e controle de zoonoses e ao incentivo das práticas integrativas e complementares, como o uso de plantas medicinais. Recomenda-se, pois, que aceitemos o desafio da inserção de biólogos na RMSFC e do envolvimento destes com o SUS, posto que as necessidades e vontades em saúde das pessoas devem ser focalizadas em ações resolutivas e articuladas aos fatores ambientais. Assim como assinala o relatório da Agenda 21 (MINAYO, 2008) é urgente a importância dos seres humanos compreenderem a responsabilidade e assumirem formas de participação nos processos de manejo da gestão ambiental na inter-relação com a saúde.


Palavras-chave:  Residência Muliprofissional em Saúde, Biólogo, Inserção