258-3 | O PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO, CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO E REFLEXÃO DE PRÁTICAS NA SAÚDE | Autores: | Amara Lúcia Holanda Tavares Battistel (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Daiane Silveira (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Fábio Mello da Rosa (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Liara Saldanha Brites (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Terezinha Heck Weiller (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) |
Resumo Caracterização do problema: O Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Sistema Público de Saúde da UFSM/RS busca a formação baseada em metodologias ativas que constitua sujeitos ativos. Para alcançar o desejado, optou-se pela utilização de uma ferramenta pouco conhecida por preceptores e residentes: o portfólio. Este exige a prática crítico-reflexivo com o perfil profissional desejado para atuar no SUS, um desafio para nós residentes. Descrição da experiência: Essa proposta exige do residente uma análise crítica contínua sobre suas práticas nos campos de atuação e o uso de fundamentação teórica, num constante exercício de paciência, dedicação e persistência. No modelo tradicional, a avaliação se faz pontualmente por meio de trabalhos e provas, limitando reflexões críticas ao sistema e ao trabalho realizado, tão diferentes do preconizado na literatura. Foi necessário (re)aprender a escrever em primeira pessoa do singular e aceitar-se como sujeito “pensante”, que elabora seus conhecimentos considerando os determinantes contextuais, implicações pessoais e as interações entre os sujeitos que aprendem e ensinam. Nesse processo, não recebemos “supervisão” ou apontamentos do que é certo ou errado. Trata-se de uma produção compartilhada com preceptor, o qual desempenha a função de estimular continuamente a reflexão por meio de pareceres questionadores, que despertam o aprofundamento do pensar reflexivo e a implicação na procura de informação específica que auxilie na construção do conhecimento. Efeitos alcançados: O portfólio favorece a análise de singularidades e peculiaridades de cada sujeito. Permite refletir sobre nossos desempenhos, funções e concepções, o que nos torna responsáveis e protagonistas de nosso aprendizado. Recomendações: Investir no portfólio como ferramenta transformadora das práticas de educação e saúde, pois permite ao preceptor e residente ações e reflexões constantes no contexto ao qual estão inseridos. Nessa perspectiva, a função dialógica estabelecida possibilita interação entre os agentes envolvidos. Ao residente, viabiliza a reflexão sobre o seu processo de construção do conhecimento e, ao preceptor, um acompanhamento individualizado do residente ao mesmo tempo em que oferece subsídios para a auto-avaliação das estratégias metodológicas utilizadas, levando conseqüentemente à reorientação da prática educativa. Palavras-chave: educação em saúde, trabalho em saúde |