226-3 | UTILIZAÇÃO DO FLUXOGRAMA DESCRITOR NAS VIVÊNCIAS DE EXTENSÃO DA FISIOTERAPIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE DO PIAUÍ | Autores: | Helifrancis Condé Groppo Ruela (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Gaussianne de Oliveira Campelo (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Rebeca Pessoa Assunção (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Suelen Karine Borges Gomes (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) |
Resumo Situada dentro da proposta político pedagógica da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da Universidade Estadual do Piauí (RMSFC/UESPI), a etapa de Vivências de Extensão constitui um momento indispensável para a compreensão da rede assistencial, e desta forma, do fluxo dos usuários do SUS nos diversos níveis de complexidade. O Fluxograma Descritor (FRANCO; MERHY, 2006) é uma representação gráfica de todas as etapas do processo de trabalho, elaborada de forma usuário-centrada, onde se procura interrogar a micropolítica da organização do serviço e, assim, revelar as relações aí estabelecidas entre os trabalhadores e destes com os usuários, os nós críticos do processo de trabalho, o jogo de interesses, poder e os processos decisórios. Assim, apresenta-se um relato de experiência da equipe de fisioterapia (preceptor e residentes) da RMSFC/UESPI sobre a utilização do Fluxograma Descritor enquanto ferramenta analisadora do processo de trabalho durante as Vivências de Extensão em um serviço de Fisioterapia ambulatorial do SUS em Teresina-PI. Como instrumentos de coleta das informações foram realizadas entrevistas informais com os profissionais do serviço (recepção e fisioterapeutas), e observação participante. O acesso ao serviço é bastante burocratizado pela obrigatoriedade e quantidade de documentos exigidos ao usuário. Apresentada a documentação, ainda é necessário autorização pela central de regulação, que leva de 20 a 30 dias. O número de sessões é determinado pelo médico assim como a solicitação de continuidade do tratamento, que não pode ser realizada pelo fisioterapeuta, gerando transtornos ao usuário, que precisa repassar por todo o percurso de encaminhamentos e regulação. Isso acarreta interrupção no plano terapêutico e atrasos na evolução do tratamento. Outro nó crítico do serviço diz respeito à solicitação de exames complementares, pois muitas vezes o fisioterapeuta precisa acompanhar a evolução através de imagens ou mesmo para a avaliação inicial, porém ele não pode solicitar tais exames, somente o médico. Dessa forma, caracterizou-se o serviço como médico-centrado e burocratizado, ficando as necessidades do usuário em segundo plano. A equipe de fisioterapia da RMSFC/UESPI avaliou positivamente a utilização do Fluxograma Descritor para a compreensão da dinâmica do processo de trabalho do serviço analisado e pretende dar continuidade à aplicação da ferramenta em outros espaços das Vivências de Extensão. Palavras-chave: Residência Multiprofissional, Fisioterapia, Extensão |