226-2 | A FORMAÇÃO DE SUPERVISORES DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TERESINA/PI: UM REPENSAR SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO | Autores: | Helifrancis Condé Grôppo Ruela (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) ; Carla Cabral Gomes Carneiro (UESPI - Universidade Estadual do Piauí) |
Resumo Este trabalho propõe uma reflexão acerca do processo de trabalho dos supervisores de Equipes de Saúde da Família (EqSF) em Teresina/PI, a partir de uma experiência de formação facilitada por docentes da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da Universidade Estadual do Piauí, no ano de 2009, após convite da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Esta última, é organizada de forma descentralizada, composta por três coordenadorias regionais de saúde: Leste/Sudeste; Norte e Sul. Cada coordenadoria possui uma equipe de 8 supervisores de EqSF com a função de apoiar institucionalmente um número determinado de EqSF. O projeto da oficina foi pensado e construído conjuntamente entre as partes, partindo-se da necessidade de aprendizagem apontada pelos supervisores. Levantou-se como prioridade os temas acolhimento, integralidade e clínica ampliada, devido à dificuldade dos supervisores em abordá-los nas oficinas de planejamento realizadas pela FMS, com o intuito de programar as ações do ano em exercício. Os objetivos da oficina foram: capacitar profissionais para o cuidado em saúde tendo como foco a construção da clínica ampliada,da integralidade e do acolhimento; discutir e aplicar a ferramenta “Fluxograma Descritor para Análise do Processo de Trabalho” com o intuito de melhorar o fluxo do cuidado nas Unidades de Saúde do município; e construir propostas de acolhimento no serviço de atenção básica. Participaram da oficina 18 supervisores. Utilizou-se do método da roda (CAMPOS, 2000), estudos de caso trabalhados em pequenos grupos, vídeos, dinâmicas pedagógicas e aulas dialogadas, totalizando 20 horas de atividades. Após os momentos formativos de concentração e dispersão, foi possível perceber diferentes formas de aplicação do fluxograma descritor e seus resultados, refletindo uma heterogeneidade na organização do processo de trabalho das EqSF. Os supervisores relataram também que a ferramenta, embasada dos conceitos de trabalhados na oficina, funcionou como uma nova possibilidade de aproximação com as EqSF, proporcionando um momento de reunião para repensarem sobre o seu processo de trabalho, fato pouco comum no cotidiano desses atores.Além disso, os supervisores solicitaram continuidade do processo formativo enquanto uma estratégia de educação permanente para apoiá-los na condução do seu processo de trabalho. Enfim, a prática dos supervisores foi repensada, ampliando sua atuação para além do gerenciamento das EqSF. Palavras-chave: Educação Permanente em Saúde, Estratégia de Saúde da Família, Formação em Saúde |