220-2 | A GESTÃO DA SAÚDE E A ENFERMAGEM: A FORMAÇÃO E A ATUAÇÃO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DE UM COLEGIADO DE GESTÃO REGIONAL
| Autores: | Sueli Terezinha Goi Barrios (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Alcindo Antonio Ferla (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Adelina Giacomelli Prochnow (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Ana Cristina Passarella Brêtas (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) |
Resumo O Pacto pela Saúde foi instituído em 2006 após ampla discussão e negociação entre os representantes dos gestores municipais, estaduais e federal, e traz como dispositivo estratégico para consolidação do Sistema Único de Saúde, o Colegiado de Gestão Regional-COGERE. Esse dispositivo tem na sua concepção a pretensão de ser um espaço de pactuação entre os sujeitos que o compõe, de tal sorte que se constitua como o lócus privilegiado de construção e gestão solidária das políticas de saúde, que contemplem a realidade e as especificidades locorregionais. Este estudo trata do tema que compõe um dos capítulos da dissertação de mestrado, realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal de Santa Maria(BARRIOS, 2009). Tal recorte se fez importante tendo em vista a expressiva participação dos enfermeiros no espaço do COGERE, além do que a atuação dos enfermeiros no sistema de saúde em ações não assistenciais desenvolvidas fora dos serviços é desafio crescente para políticas de formação e inserção no mundo do trabalho. Esse estudo busca responder aos seguintes objetivos: analisar o protagonismo exercido pelos enfermeiros no Colegiado de Gestão Regional, e compreender quais tecnologias são por eles utilizadas no seu processo de trabalho a partir da perspectiva dos gestores de saúde que integram o COGERE. A metodologia é de pesquisa qualitativa, do tipo Estudo de Caso. Os sujeitos participantes foram 12 gestores que integram o Colegiado. As técnicas utilizadas para coleta dos dados foram às entrevistas, observações das reuniões do COGERE e análise documental. Os Resultados apontam para uma formação do enfermeiro que se embasa no modelo biomédico, cujo núcleo de conhecimento é capaz de mobilizar tecnologias duras e leve-duras, porém insuficiente para tecnologias leves, que possibilitam protagonizar a negociação e a articulação no exercício da gestão. As considerações finais trazem o desafio da constituição da noção de co-responsabilidade entre o aparelho formador e os serviços de saúde, com implicação recíproca entre ensino, gestão, atenção e participação social, com vistas à formação de enfermeiros capazes de atuar no campo da gestão em saúde. Palavras-chave: Enfermagem, Educação, Sistema Único de Saúde |