218-1 | Saúde e mobilização popular no Grotão: uma construção coletiva | Autores: | Sedruoslen Guelir Cavalcanti Costa (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Ana Carolina Lucena Pires (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Ligia Maria Cabedo Rodrigues (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Natália Maria Mesquita de Lima (UFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da ParaíbaUFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo A residência multiprofissional em saúde da família e comunidade/UFPB (RMSFC) encontrou um território estigmatizado por equipes de saúde da família (ESF) e pela própria população como apático e desorganizado politicamente – o Grotão. Apesar de haver lideranças locais interessadas e a experiência do “Conselho Comunitário”(CC), experiências antigas de mobilização, a exemplo de associações de bairro oportunistas, desacreditavam novas experiências de organização. Percebemos que o CC tinha muito potencial de mobilização, pois tinha convicções de não ser apenas um conselho local de saúde instituído, e agregava lideranças locais bastante criticas. As reuniões mensais (pela manha) favoreciam a participação das ESF, mas não a dos trabalhadores que moravam na comunidade. O espaço para reuniões, a sede do AA na extremidade do bairro e de tamanho pequeno não favorecia a participação de muitas pessoas. Reavaliamos o espaço e o horário, então articulamos reuniões extra-ordinárias para o espaço da escola municipal (no centro da comunidade) no turno da noite. Organizamos os passos para reviver o CC, a 1ª Assembléia do bairro do Grotão. Discutiu-se as estratégias para tal, articulação de carros de som, do pátio da escola, de lideranças e instituições que atuem no bairro, ação dos ACSs convidando moradores, montagem da pauta organizada. Nessa primeira assembléia conseguimos uma participação efetiva dos moradores do bairro, contando entre novos e antigos atores aproximadamente 40 pessoas, numa grande roda de conversa. Articularam-se novas reuniões extra-ordinárias (Janeiro/10, Fevereiro/10) com o objetivo de irmos agregando novos atores. Na terceira reunião conseguimos identificar a intenção dos moradores em ser conselheiros, atingindo o numero de 20 conselheiros, representando os segmentos educação, saúde, moradia, religião, juventude, esportes, idosos, entre outros. As reuniões ordinárias agora acontecem como fóruns comunitários sempre na escola municipal no turno da noite. Em suas reuniões estão organizando demandas de saúde, infra-estrutura e meio-ambiente, dialogando com instâncias municipais e ONGs para realização dessas atividades. O trabalho de base crítico para organização de comunidades é muito importante para efetivação do controle social. O trabalho de base deve adequar-se à comunidade e dialogar sempre com os parceiros que querem promover a autonomia da comunidade. É muito importante que se observe o horário e o espaço que melhor favoreçam os moradores do bairro. Palavras-chave: Organização Popular, Controle Social, Participação Popular |