216-1 | Estudo de caso: humanização e ambiência em Unidade de Saúde da Família em São Carlos-SP | Autores: | Maria Lúcia Teixeira Machado (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Luize Maximo E Melo (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Márcia Niituma Ogata (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) |
Resumo INTRODUÇÃO: Humanização é definida como valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde. A Política Nacional de Humanização (PNH) visa promover mudança na cultura de atendimento em saúde. A política se caracteriza também com aspectos da estrutura física dos Serviços de Saúde, sendo a ambiência o espaço físico entendido como social, profissional e de relações interpessoais que proporcionem atenção acolhedora, resolutiva e humana. OBJETIVO: analisar, junto com gestores, trabalhadores e usuários do SUS, o potencial da ambiência como dispositivo da PNH, no âmbito da Estratégia Saúde da Família em São Carlos-SP. MÉTODO: foi utilizada uma abordagem qualitativa, realizando um estudo de caso. O trabalho se desenvolveu junto aos profissionais e usuários de uma Unidade de Saúde da Família da cidade de São Carlos. Os sujeitos focalizados se constituíram nos gestores, trabalhadores e usuários da mesma. Foram selecionados 20 sujeitos, sendo 10 trabalhadores da USF e 10 usuários. O trabalho foi realizado em etapas, iniciando por levantamento teórico; aproximação e construção de vínculo com sujeitos, unidade e contexto; observação participativa; levantamento documental em pautas e atas das reuniões de equipe, e entrevistas semi-estruturadas com os sujeitos. Os dados coletados passaram por análise categorial temática. RESULTADOS: Valorizou-se distintas ideias e concepções tanto relativas à ESF, quanto a humanização e ambiência. Quanto aos relatos dos trabalhadores nota-se uma caracterização conceitual e teórica sobre a temática, desfavorecendo questionamentos espontâneos provenientes das práticas e do contexto da USF. Para os usuários prevaleceu uma abordagem de caráter vivencial e no âmbito do senso comum, como humanização no sentido de “tratar bem”; além de exposições sobre demandas e necessidades da comunidade em relação aos serviços de saúde. Quanto à ambiência foi notada dificuldade na abordagem por parte dos dois grupos de sujeitos, principalmente enquanto dispositivo para humanização. No atas, a questão da ambiência foi abordada principalmente como espaço físico. CONCLUSÃO: Durante o trabalho foram observadas modificações no ambiente e nas atividades prestadas que condizem com práticas humanizadoras. Faz-se necessária uma maior ampliação de estudos sobre essa temática que favoreçam a aproximação e concretização de uma prática mais integrativa nos serviços de saúde. Palavras-chave: Humanização, Ambiência, Saúde da Família |